Por Francisco Albuquerque
As empresas estão perdendo profissionais muito talentosos, e os mais corajosos estão virando empreendedores de causas muito nobres. Basta visitar os espaços de coworking que hoje já são bem difundidos em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, para comprovar essa afirmação.
Muitos destes profissionais quando questionados sobre o motivo de terem deixado os seus empregos, têm argumentos muito parecidos, como por exemplo:
- Minhas ideias não eram valorizadas
- Eu não me sentia parte da organização
- Ia demorar muito tempo para eu ser percebido
Há um pouco de valorização pessoal nessas afirmações, e algumas vezes as atitudes e pensamentos podem até parecer prematuras, mas isso depende do ponto de vista.
O que eu particularmente valorizo são os resultados que estão emergindo de atitudes como essas, e acredito que muito em breve haverá uma transformação considerável no ambiente das empresas se estas não começarem a se mexer de verdade.
Philip Kotler, eno livro Marketing 3.0, traz uma visão que vale uma reflexão profunda para executivos e líderes de todas as áreas profissionais: “o ser humano é o centro das estratégias.”
É aqui que se encaixa uma abordagem que vem ganhando muita força nos negócios: o Design Thinking. Mas não é só compreender como o designer pensa durante o processo de desenvolvimento de soluções. O grande segredo está em aprender a aplicar metodologias e ferramentas criativas no dia a dia de empresas que têm cultura baseada no raciocínio analítico. E o raciocínio indutivo aonde fica?
Tenho insistido que a cultura de colaboração é o único caminho para que o indivíduo se descubra e deixe o seu talento fluir com menos culpa de ser compreendido como uma carta fora do baralho.
O pensamento e a atuação em rede (colaboração entre pessoas) é o grande guia para essa nova geração de profissionais que estão em busca principalmente de descobrir-se em suas carreiras (valorização do eu), e de participarem de projetos alinhados àquilo que acreditam e compartilham.
É por isso que bloqueios às mídias sociais e ao Google não funcionam, pois elas são ferramentas para geração de insights e busca de informações para muitos profissionais.
Tendo a empatia como viés da valorização do ser humano, construir um ambiente onde as pessoas possam trabalhar em desafios reais de forma criativa e colaborativa irá permitir às empresas um ambiente diferenciado, baseado na inovação e na valorização do indivíduo.
Percebam, essa nova geração é a mais adequada para inovar, então não percam a oportunidade de valorizar estes talentos!
Um mais um são dois? Só na matemática!
Fonte: www.hsm.com.br
Fonte da imagem: Clique aqui
0 Comentários