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O Poder Pouco Utilizado do Cérebro

As descobertas da neurociência mostram que é possível promover a interação entre cérebros e máquinas com resultados na vida prática e corporativa 

Miguel Nicolelis, pioneiro em pesquisas sobre a interação do cérebro humano com máquinas, transformou sua apresentação no Fórum HSM Novas Fronteiras de Gestão 2012, em uma extensão de laboratórios científicos e provou, por meio de estudos e experimentos, realizados por ele e sua equipe, que o cérebro humano tem um potencial pouco explorado, mas que isso começa a mudar. “As descobertas e avanços tecnológicos decorrentes desses experimentos garantem que, em breve, o homem poderá comandar máquinas apenas com a força do pensamento”, disse.

A afirmação é balizada em resultados obtidos em experimentos realizados em animais que, ligados a sensores e outros equipamentos tecnológicos, tanto podem transmitir sinais para máquinas, como recebê-los de volta, e promover movimentos e reações no corpo e vice-versa. “É possível o cérebro se livrar dos limites do corpo, ultrapassando as barreiras de espaço, da força e do tempo”, afirmou. 

Tais avanços tendem a movimentar o mundo, incluindo o dos negócios. Contudo, é preciso que se intensifique o diálogo entre ciência e empresas. Como contou a HSM Management, Nicolelis entende que isso ainda é mais fácil fora do Brasil, mas começa a melhorar aqui também. “Tenho a impressão de que nos próximos meses vamos fazer alguns anúncios que chocarão o empresariado brasileiro que ainda não embarcou nessa filosofia”, revelou.

Hoje, empresas já exploram possibilidades trazidas pelo neuromarketing, ciência que estuda o comportamento de consumo em esferas jamais imaginadas há pouco tempo. Em sua apresentação, Nicolelis afirmou que, em breve, a humanidade conhecerá uma nova Internet, sem teclado e comandada pela força do pensamento. Esses dois avançados, cruzados, se tornarão uma poderosa ferramenta às empresas.

Paixão pelo trabalho

Em um dos experimentos da equipe de Nicolelis, considerado pela revista Scientific American como um dos 20 cientistas mais influentes do mundo, uma macaca, no laboratório nos Estados Unidos, fez um robô, no Japão, muito mais pesado do que ela, andar, apenas com a transmissão de comando cerebrais pela Internet. 

Na vida prática, as descobertas são de grande valia na área médica e para a sociedade, fazendo com que pacientes para e tetraplégicos, sem comprometimento do sistema nervoso, recuperem os movimentos por meio da interação entre o cérebro e próteses acopladas em seus corpos. 

Em 2014, o pontapé inicial da Copa do Mundo poderá ser dado por um jovem paraplégico, que enviará comandos do seu cérebro para um esqueleto acoplado em seu corpo. Ao apresentar o projeto no Fórum, Nicolelis ficou visivelmente emocionado e foi aplaudido de pé pelo público. Em tempos em que tanto se fala em “trabalho com significado”, o cientista deu um exemplo de paixão pelo que faz e determinação para contribuir com o próximo.

Complemento, não substituição

Engana-se quem pensa que com tamanhos avanços, um dia máquinas substituirão cérebros. “O cérebro humano é um sistema complexo que não pode ser programado como um computador. Seu grau de complexidade só é comparado ao universo acima de nossas cabeças. O cérebro não pode ser reduzido a um algoritmo”, assegurou categoricamente.


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