Por Gisela Kassoy
O que a Starbucks, os Post-its, a mini van e o leasing têm em comum? São todos produtos e serviços inovadores que transformaram o mercado e obtiveram sucesso sem ter que lutar contra a concorrência nem reduzir custos.
Não é este o sonho de todo empreendedor e de toda empresa? E tudo começou com uma boa idéia. Segundo o consultor em administração Karl Albrecht, a idéia é a matéria prima da inovação. Daí a achar que uma idéia por si só pode levar ao sucesso, ser o pulo do gato, há um certo exagero. A implementação de uma nova proposta requer um certo esforço e habilidades tão importantes como as utilizadas para a sua criação.
A cultura brasileira nunca valorizou o esforço. Nos tempos da colonização portuguesa, o trabalho existia apenas para seres considerados inferiores. Nos dias de hoje, o golpe do baú, as loterias e até a corrupção são vitrines constantes de formas de vencer na vida. Felizmente, nem sempre elas são funcionam. Resta o sonho da idéia salvadora, um caminho honesto, meritório e fácil para se atingir o sucesso.
Quanto há de verdadeiro nisso? Sou consultora especialista em criatividade e inovação. Meu trabalho é, além de incitar a geração de idéias, garantir que elas não sejam desperdiçadas. A intenção deste artigo é ajudá-lo a lidar com os empecilhos mais freqüentes, ou seja, fazer a inovação acontecer.
Vejamos, portanto, o que mais, além de uma boa idéia, é necessário para que o pulo do gato se dê completa e favoravelmente:
A Venda da Idéia – Não importa se você é empreendedor, empresário ou executivo. Você precisa da receptividade dos outros para que sua idéia evolua. Transforme sua idéia em um projeto claro e conciso. Realce os resultados que ela trará, calcule a relação custo-benefício, pense nas objeções possíveis e crie de antemão formas de combatê-las. Entenda que uma nova idéia sempre exige uma nova forma de pensar. Você viu uma possibilidade diferente, mas os outros ainda não.
Cultura Adequada - Para uma idéia ter receptividade, é preciso que as pessoas envolvidas estejam preparadas para tal. A cultura da sua empresa é aberta a inovações? Como o erro é visto? Se uma inovação envolver mais de uma área, como se lida com os palpites em seara alheia? A cultura da empresa pode ser ou não um solo fértil para inovações, mas não se trata de uma barreira intransponível. O papel de quem cuida das inovações na empresa é entender e administrar as características da cultura organizacional para que o terreno seja cada vez mais fecundo. Um empreendedor solo precisa pensar nas características das pessoas que poderão (ou não) apoiá-lo: colegas, parceiros, família e eventuais financiadores.
Esforço e Recursos - Você ou alguém na empresa terão tempo, verba, poder e dedicação para fazer a inovação acontecer? Normalmente esses quesitos são escassos. Com empenho e criatividade pode-se realizar uma idéia com uma verba menor do que a prevista, mas tempo e dedicação tendem a ultrapassar em muito a previsão inicial. Quanto ao poder, vale lembrar que ele não se limita ao poder do cargo. A persuasão também é um forte instrumento para que se dê espaço para a inovação
Estrutura – Em sua empresa há comitês, comunidades de práticas ou outras formas para que as pessoas se organizem para fazer a inovação acontecer? Se você atua sozinho, já desenvolveu uma estrutura que favoreça o sucesso da inovação?
Testes, Monitoramento e Reajustes – Uma estrutura sólida para dar suporte às inovações envolve os famosos funis que avaliam as sugestões em diferentes etapas. Após o lançamento é preciso monitorar a evolução do novo produto ou serviço. Dificilmente uma idéia chega ao mercado tal qual foi criada. Um empreendedor não pode confundir persistência com teimosia e deve, portanto, estar aberto aos eventuais reajustes.
Depois de tantos requisitos, pode parecer que o pulo do gato é mais difícil do que parece. De fato, o gato pula porque tem musculatura adequada, preparo físico e vontade de pular. Ele pula também porque tem sete vidas, e pode, portanto correr riscos. Mas acima de tudo, ele pula porque vê os benefícios de seu salto e sabe que vale a pena.
Gisela Kassoy - Consultoria em Criatividade - www.giselakassoy.com.br
O que a Starbucks, os Post-its, a mini van e o leasing têm em comum? São todos produtos e serviços inovadores que transformaram o mercado e obtiveram sucesso sem ter que lutar contra a concorrência nem reduzir custos.
Não é este o sonho de todo empreendedor e de toda empresa? E tudo começou com uma boa idéia. Segundo o consultor em administração Karl Albrecht, a idéia é a matéria prima da inovação. Daí a achar que uma idéia por si só pode levar ao sucesso, ser o pulo do gato, há um certo exagero. A implementação de uma nova proposta requer um certo esforço e habilidades tão importantes como as utilizadas para a sua criação.
A cultura brasileira nunca valorizou o esforço. Nos tempos da colonização portuguesa, o trabalho existia apenas para seres considerados inferiores. Nos dias de hoje, o golpe do baú, as loterias e até a corrupção são vitrines constantes de formas de vencer na vida. Felizmente, nem sempre elas são funcionam. Resta o sonho da idéia salvadora, um caminho honesto, meritório e fácil para se atingir o sucesso.
Quanto há de verdadeiro nisso? Sou consultora especialista em criatividade e inovação. Meu trabalho é, além de incitar a geração de idéias, garantir que elas não sejam desperdiçadas. A intenção deste artigo é ajudá-lo a lidar com os empecilhos mais freqüentes, ou seja, fazer a inovação acontecer.
Vejamos, portanto, o que mais, além de uma boa idéia, é necessário para que o pulo do gato se dê completa e favoravelmente:
A Venda da Idéia – Não importa se você é empreendedor, empresário ou executivo. Você precisa da receptividade dos outros para que sua idéia evolua. Transforme sua idéia em um projeto claro e conciso. Realce os resultados que ela trará, calcule a relação custo-benefício, pense nas objeções possíveis e crie de antemão formas de combatê-las. Entenda que uma nova idéia sempre exige uma nova forma de pensar. Você viu uma possibilidade diferente, mas os outros ainda não.
Cultura Adequada - Para uma idéia ter receptividade, é preciso que as pessoas envolvidas estejam preparadas para tal. A cultura da sua empresa é aberta a inovações? Como o erro é visto? Se uma inovação envolver mais de uma área, como se lida com os palpites em seara alheia? A cultura da empresa pode ser ou não um solo fértil para inovações, mas não se trata de uma barreira intransponível. O papel de quem cuida das inovações na empresa é entender e administrar as características da cultura organizacional para que o terreno seja cada vez mais fecundo. Um empreendedor solo precisa pensar nas características das pessoas que poderão (ou não) apoiá-lo: colegas, parceiros, família e eventuais financiadores.
Esforço e Recursos - Você ou alguém na empresa terão tempo, verba, poder e dedicação para fazer a inovação acontecer? Normalmente esses quesitos são escassos. Com empenho e criatividade pode-se realizar uma idéia com uma verba menor do que a prevista, mas tempo e dedicação tendem a ultrapassar em muito a previsão inicial. Quanto ao poder, vale lembrar que ele não se limita ao poder do cargo. A persuasão também é um forte instrumento para que se dê espaço para a inovação
Estrutura – Em sua empresa há comitês, comunidades de práticas ou outras formas para que as pessoas se organizem para fazer a inovação acontecer? Se você atua sozinho, já desenvolveu uma estrutura que favoreça o sucesso da inovação?
Testes, Monitoramento e Reajustes – Uma estrutura sólida para dar suporte às inovações envolve os famosos funis que avaliam as sugestões em diferentes etapas. Após o lançamento é preciso monitorar a evolução do novo produto ou serviço. Dificilmente uma idéia chega ao mercado tal qual foi criada. Um empreendedor não pode confundir persistência com teimosia e deve, portanto, estar aberto aos eventuais reajustes.
Depois de tantos requisitos, pode parecer que o pulo do gato é mais difícil do que parece. De fato, o gato pula porque tem musculatura adequada, preparo físico e vontade de pular. Ele pula também porque tem sete vidas, e pode, portanto correr riscos. Mas acima de tudo, ele pula porque vê os benefícios de seu salto e sabe que vale a pena.
Gisela Kassoy - Consultoria em Criatividade - www.giselakassoy.com.br
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