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Você é o Novo Chefe, e Agora?

O que saber e como agir para ser um líder de presença e futuro
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Junto à tão sonhada promoção, você recebe muito mais do que uma mesa maior, um computador mais moderno ou uma secretária só para você: ganha uma equipe, in-tei-ri-nha a seu dispor. Um grupo de pessoas que "suará a camisa" para atender às demandas da empresa, agora, sob sua orientação. Não é o máximo? Enquanto a novidade pode ser muito bem-vinda para alguns, outros podem encará-la com uma certa dose de insegurança. O medo da rejeição, especialmente por parte dos antigos colegas de trabalho, é um dos motivos que fazem o novo chefe perder o sono ou mesmo o bom-humor. Se você está passando por isso, saiba que não está sozinho nessa. Segundo especialistas, seu novo sentimento é compartilhado por cerca de 99,9% dos colaboradores promovidos a um cargo de chefia.
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A primeira coisa que você precisa saber para vencer neste novo universo é: hoje, o bom chefe é, sobretudo, um líder. O conceito de liderança vem sendo muito difundido entre consultores empresariais e especialistas em Recursos Humanos. Embora as diferenças entre líder e chefe pareçam abstratas, há sim, uma fundamental discrepância: o chefe manda, o líder conduz. E conduzir o aumento da produtividade, da criatividade, do espírito colaborativo e o crescimento profissional são características muito valorizadas naquele que está "regendo a orquestra". "Hoje, sem dúvida, o líder é o tipo de gestor procurado pelo mercado", reforça a professora responsável pela área de consultoria, liderança e coaching da BBS (Brazilian Business School), Irene Ferreira de Azevedo.
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Até hoje, as empresas constumavam promover aos cargos de gestão os técnicos que melhor desempenhassem suas funções, ou seja, os bons engenheiros, arquitetos, jornalistas, etc. A verdade é que, embora muitos ainda sejam promovidos desta forma, agora, as empresas estão mais atentas aos profissionais que também demonstram predisposição à liderança. Aqueles que involuntariamente acabam assumindo uma posição de tutor ou conselheiro perante os demais colegas. Se você tem este perfil, ótimo. Meio caminho andado para o sucesso. Se você não tem, terá que sofrer um pouco mais para se adaptar à dura tarefa de gerenciar talentos.
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Muitas pessoas, muitas divergências
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Ciúme, medo, inveja, insegurança e desmotivação são alguns dos sentimentos comuns com os quais o gestor terá que se deparar no dia-a-dia. Afinal, uma equipe é composta de pessoas, cada uma com perfil diferente, e os conflitos são inevitáveis. Vez ou outra o gestor terá de lidar com brigas entre colegas e até mesmo com retaliações quanto à sua forma de liderar. "Sempre tem aquele que se sentiu preterido por ter sido você o escolhido. O bom líder é aquele que, ao invés de não aceitar, procura entender tal comportamento, conversa e dá o feedback necessário para deixar a equipe em harmonia", opina o consultor e especialista em gestão de carreira Gustavo Boog.
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É certo que, no meio de todo pasto sempre há uma "ovelha negra", aquela que tem um humor mais ácido, menos predisposição para aceitar a opinião alheia. Aquela que consegue desestabilizar os companheiros. Você certamente é capaz de identificá-la rapidamente, seja pelo olhar dos colegas quando o sujeito fala, ou porque, quem sabe, até você, nos tempos áureos de funcionário, também não engolia a tal camarada. E agora? Adianta persegui-la? Excluí-la das conversas? Descartar todas as suas opiniões? De jeito nenhum. Mais do que nunca você terá de ouví-la. Se você é do tipo enfezado, sem paciência para conversar, alertar, escutar e opinar, vai precisar mudar, e rápido, seu comportamento. Afinal, funcionário nenhum gosta de trabalhar sem ter um retorno sobre seu desempenho, sem se sentir ouvido em seus anseios e angústias. E mesmo "a ovelha" merece sua atenção.
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Supondo que você observou e ouviu anseios e angústias, agora precisa dar um feedback sobre a performance de cada um dos seus funcionários. O positivo é fácil, o problema é o negativo. A primeira dica é: JAMAIS faça uma crítica a um membro de sua equipe na presença dos demais. Além de vergonhoso para o profissional, isso pode ser encarado como um comportamento autoritário e desrespeitoso pelo restante de sua equipe. "Ninguém gosta de ser repreendido em público. E, no mundo corporativo, menos ainda. Lidar com o ego das pessoas é difícil. Às vezes até você tem vontade de esganar o sujeito, mas dar ouvidos ao seu bom-senso é a melhor saída", revela Irene.
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Deixar de falar também não é a solução. A máxima:"o insucesso é o melhor professor" é realmente válida neste caso. O que significa que se você não alertar, criticar (construtivamente) e orientar seu colaborador, ele jamais saberá onde está errando e não terá a oportunidade de melhorar. Segundo Irene, a melhor forma de fazer isso é chamando o sujeito de canto e seguindo o procedimento: elogio, crítica, elogio. Você começa enaltecendo as boas características do profissional para mostrar seu apreço pelo trabalho dele. Pondera que, no entanto, ele precisa melhorar em algumas questões a fim de tornar-se mais completo, etc. Por fim, encerra destacando novamente os pontos positivos de seu perfil profissional. "Isso fará com que ele encare a crítica mais abertamente e até se sinta motivado a melhorar", avalia.
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Na maior parte das vezes, uma mudança de gestão como essa, cuja promoção afeta uma equipe inteira, é movida por uma transformação estratégica no setor ou na empresa, daí a importância de estar atento ao comportamento dos seus colaboradores e fazendo com que o ambiente de trabalho seja agradável. "Gerenciar pessoas é estar pronto para ouvir elogios e críticas, para alertar e orientar profissionalmente. Quem não gosta disso não deve, de maneira alguma, aceitar o cargo. Do contrário, será um prejuízo para a empresa e para si próprio", friza o professor de MBA em Administração da FGV-PR (Fundação Getúlio Vargas do Paraná) e consultor de carreira, Vander Mendes. O professor lembra de uma outra questão importante: o relacionamento com outros gerentes. Para ser aceito, não adianta tentar ser o camarada. "O gestor tem que ser bom, e não bonzinho", reforça. Portanto, a chave do sucesso é exercer sua autoridade com seriedade, mas sem autoritarismo, tanto com os subordinados como com os seus pares.
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Dominando a dupla rotina
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Além de gerenciar pessoas, o novo líder terá de traçar estratégias para, no mínimo, manter ou aumentar a produtividade. É aí que surgem os problemas. Segundo os consultores, nove entre cada dez profissionais dizem que o grande problema consiste em coordenar suas funções operacionais com as atividades de gestão, ainda mais em um ambiente desfavorável. É claro que o gestor tem um tempo para elaborar suas tarefas diferente de seus subordinados. Ao invés de ter sua atenção concentrada para um projeto, por exemplo, trabalha nos bastidores, para que tal projeto tenha necessidade de sair do papel. Para se sair bem, não há outra solução, senão, organizar-se. Seja com agenda, Palmtop, Ipod, Iphone, Notebook, não importa. Descubra um meio de listar todas as suas tarefas. "É um trabalho mais intenso mesmo. Mas, agora, você é o gestor. Terá de reservar um tempo para desenvolver a dupla função", alerta Boog.
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Se você estiver com dificuldades para isso, vale buscar a ajuda de seu superior. Quem sabe você não está acumulando funções demais? Outra dica válida é pontuar as prioridades. No meio de inúmeras importâncias, sempre há o que é mais importante. Outra boa dica é sugerir para a diretoria da empresa workshops e cursos sobre gestão.
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Comumente existem congressos específicos nesta área. E, lembre-se: fazer um pedido como esse não significa passar o atestado de gestor incompente, mas sim, de um líder que deseja estar antenado ao que há de mais novo nos processos de liderança em benefício da produtividade de sua equipe. "O gestor é como um negociador entre os funcionários e os supervisores. Cabe a ele defender os interesses da empresa diante de seus subordinados, e os interesses destes diante da empresa. Para isso, não há outra saída, senão muito jogo de cintura", reforça Mendes.
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Se, no fim das contas, você passou por experiências parecidas e não se deu bem como gestor vale ponderar os motivos que ainda o fazem ocupar tal cargo. A competitividade, hoje, é um grande revés para aquele que quer conciliar trabalho e prazer, ou seja, sentir-se satisfeito com o que faz, especialmente para aquele que gosta de ser técnico. Fora isso, muitas empresas não costumam ter plano de carreira para profissionais com tal perfil, o que significa: ou você assume uma posição gerencial, ou permanecerá estagnado, sendo considerado desinteressado dentro da companhia. "O que é preciso pesar na balança é quando vale continuar gerenciando pessoas sem ser feliz e procurar uma nova oportunidade para técnicos avançados, ou seja, vagas interessantes para que funcionários de perfil operacional possam se desenvolver e crescer profissionalmente", finaliza Mendes..
Fonte: http://www.universia.com.br

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