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Empresas Não Sabem Diferenciar Interatividade de Colaboração

Pesquisa da USP mostra que marcas ainda não conseguem inserir consumidores no processo de criação de produtos

Por Rafael Farias Teixeira 

Um estudo do grupo de pesquisa Atopos, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, mostrou que as empresas brasileiras não sabem diferenciar interatividade de colaboração. Realizado com 45 marcas, o levantamento teve a invenção de discutir a diferença entre essas estratégias e as razões da resistência das empresas em se adaptar às redes digitais.

Os resultados foram apresentados na quarta edição da Conferência Crowdsourcing 2014, realizada nos dias 4 e 5 de setembro, em São Paulo.

Os pesquisadores definiram cinco características singulares da colaboração: é uma conexão entre redes internas e externas, integra redes externas (os consumidores) no desenvolvimento do produto, envolve um processo coletivo e interativo, tem visibilidade pública e é transparente.

Com essa definição, o estudo constatou que, apesar de as empresas afirmarem ter processos colaborativos, eles são apenas interativos. Estratégias como testes de produtos, pesquisas de mercado e branding são todas interativas, mas não colaborativas.

A pesquisa comandada por Dora Kaufman identificou que essas ações eram pontuais, e não havia um ecossistema de colaboração. O que prevalece são:

- Nos sites das empresas: interação da marca com usuário, foco na publicidade, baixa interatividade, ausência de tecnologia colaborativa específica e motivação comercial.

- Nas redes sociais das empresas: não há diálogo, a adesão dos usuários é baixa e as ações funcionam mais como canais de atendimento ao cliente.

O estudo identificou que, como as empresas querem ter muito controle do processo, acabam por inibir a colaboração, que só acontece quando há liberdade para os consumidores. Segundo Dora, resta às companhias questionar se estão dispostas a se adaptar a esse novo panorama. “Criar uma plataforma colaborativa é uma forma mais madura de dialogar com o consumidor”, diz a pesquisadora. “Cada empresa pode encontrar o nicho em que isso pode dar certo.”


Fonte da imagem: Clique aqui

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