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Treinamentos Alternativos Tiram Empresas da Rotina

Autor: Caio Lauer

Desenvolver os profissionais continua sendo uma das maiores preocupações das empresas. De acordo com uma pesquisa sobre tendências de gestão de pessoas, realizada com 106 empresas das regiões sul e sudeste, pela consultoria Deloitte, 60% do empresariado pretende investir em treinamento.

Mas, como oferecer treinamentos realmente efetivos? Práticas engessadas já não fazem mais tanto sentido nas organizações e, com isso, surgem programas com propostas alternativas, que trazem maneiras de aprimorar características individuais, como motivação, determinação e foco.
Autoconhecimento no tatame

A filosofia oriental nos remete a elementos como equilíbrio e introspecção. Foi com este objetivo que surgiu o treinamento “Despertar do Guerreiro Interno”, que leva lutas como Karatê, Jiu-Jitsu e o Kendo, mescladas com movimentos da Yoga, para dentro das empresas.

“Alguns valores como foco, determinação, disciplina, resiliência e concentração são muito importantes nas artes marciais. Então, trouxemos os princípios para aplicação nas empresas”, explica Eduardo Farah, sócio da consultoria empresarial Clarear, responsável pelo programa.

O método foi desenvolvido por um dos consultores da empresa, Fernando Bellato. Faixa preta em Jiu-Jitsu e formado pela famosa escola Grace, Fernando competiu durante muito anos, e começou a questionar os verdadeiros valores da arte marcial.

O treinamento é sempre conduzido por um professor especialista, e tem duração média de 1 hora. Inicia-se sempre com um momento de meditação e reflexão, e avança para a parte física, por meio da dinâmica da luta.

“As empresas nos retornam dizendo que seus funcionários estão mais centrados nas metas, por exemplo. Enquanto às pessoas, já vi gente que parou de fumar por causa do treinamento, pois ele oferece muita autoconfiança e reflexão interna”, comenta Farah.

Áreas profissionais que exigem maior equilíbrio e perseverança, como vendas e atendimento, são as que mais recebem o treinamento “Despertar do Guerreiro Interno”.

Música nos corredores

Canto, percussão corporal e interação com uma banda completa: estes são alguns dos recursos dos treinamentos desenvolvidos pelo professor de música Marco Acras, e que os aplica por intermédio da Ellocorp, empresa de treinamentos e eventos.

“As pessoas estão em busca de novas experiências. Traçar um paralelo com a música leva os funcionários ao elemento emocional, quebra a resistência ao novo, e então o conteúdo é mais facilmente absorvido”, relata o professor.

Através das dinâmicas e jogos musicais, os participantes têm a oportunidade de aprender muitos conceitos que fazem parte do mundo corporativo, como liderança, trabalho em equipe, tomada de decisão, atendimento ao cliente e gestão do tempo. Neste último, por exemplo, as pessoas fazem um trabalho de percussão corporal, onde o elemento central é o tempo da música. “Isso facilita o entendimento de como gerir o tempo no dia a dia”, conta Acras.

Estimular a criatividade com jogos musicais através do canto também é um dos recursos do treinamento. “Por meio do cânone (linha melódica cantada por uma primeira voz, entrando cada voz, uma após a outra), as pessoas criam uma letra que contextualize com o momento da equipe, dentro de uma melodia simples, e aquela informação acaba se fixando na cabeça delas”, explica o professor.

No total, Marcos ministra 3 tipos de treinamento relacionados com o tema: Jogos Musicais, Oficina Vocal e uma palestra, intitulada “O Maestro” - no qual faz a regência de uma banda, e ensina os participantes a fazer o mesmo, desenvolvendo a competência da liderança.

Além de desenvolver habilidades, o treinamento com música é um forte elemento de integração entre colaboradores.

Jogo de tabuleiro não é brincadeira

Desde a infância, os jogos colaboram para o desenvolvimento intelectual. Então, por que não praticar na fase adulta?

Esta é a aposta de Daniel Oliveira Dantas, presidente da Federação Brasileira de Othello, que mostra que jogos como Xadrez e Othello (similar ao Go, popular na Ásia) podem desenvolver a capacidade de concentração, memorização e raciocínio lógico.

“Existem diversos perfis de funcionários. Um soldador de componentes eletrônicos deve estar concentrado e ser capaz de realizar uma ação mecânica por horas a fio. Já um gerente deve ser capaz de tomar decisões com poucas informações e ter capacidade de liderança. Um vendedor deve ter habilidades linguísticas e no trato com pessoas. Nem sempre o raciocínio lógico e matemático, que são atributos de pessoas com perfil das ciências exatas, são as características mais desejáveis em um funcionário”, conta Dantas.

Para ele, o jogador precisa ser capaz de prever as respostas mais prováveis do adversário a sua jogada e planejar seus movimentos a algumas jogadas no futuro. “Esse planejamento e memorização desenvolvem aspectos específicos do intelecto”, completa.


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