Autor: Marcos Gross
A palavra “assertividade” origina-se do termo “asserção”, que significa “afirmação” ou “declaração”. Para Alberti e Emmons, os sujeitos assertivos se comunicam de forma clara, direta e sincera sobre o que pensam e sentem, com posicionamentos que expressam seus verdadeiros pontos de vista. Segundo os autores, ser assertivo significa “ser uma pessoa transparente nas suas intenções e colocações”.
Conheço poucos profissionais que têm o privilégio de serem assertivos. A maioria das pessoas silencia suas opiniões, pois sabe que se for expressar suas ideias e sentimentos com autenticidade pode sofrer retaliações e prejuízos de colegas ou superiores no trabalho. A capacidade de ser assertivo está sujeita a situações de poder e no ambiente corporativo.
Quem pretende ou é assertivo, deve pagar o preço. Na escola, aprendemos desde cedo que a desobediência à “tia Maricota” seria duramente repreendida e poderíamos ser excluídos ou até prejudicados nas avaliações escolares. O resultado dessas vivências criou uma geração que aprendeu a cooperar sem questionar abertamente.
No Brasil, fomos criados em uma sociedade que premiava a não assertividade. Nossa nação viveu por séculos em um sistema escravista no qual a obediência ao “senhor” e capataz era única forma de sobrevivência dos trabalhadores. Nas fazendas e, mais tarde, nas indústrias e empresas, o velho mote “manda quem pode e obedece quem tem juízo” reprimiu a cultura da comunicação assertiva, valorizando a subserviência e o funcionário “vaquinha de presépio”.
Por outro lado, é consenso entre os profissionais de saúde que a atitude não assertiva das pessoas pode levá-las a doenças e desequilíbrios emocionais. Quando um colaborador “engole sapos” e não se permite expressar suas opiniões, adoece de gastrite, dores na coluna, alergias, hipertensão, estresse etc.
As características da comunicação assertiva são:
• Comunicação olho no olho - dirigir-se ao interlocutor com franqueza e sinceridade;
• Postura corporal - voltar-se para a pessoa com que está falando de forma concentrada sem dispersar com outros afazeres;
• Expressão facial - deverá estar alinhada com as suas palavras para transmitir convicção na sua mensagem (em assuntos sérios, não sorria);
• Tom de voz, inflexão, volume - firme, claro e moderado para expressar o que você pretende comunicar. Não grite para não passar a percepção de agressividade. Fim da mensagem.
Fonte: Ser ou não ser assertivo: eis a questão | Portal Carreira & Sucesso
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