Enquanto muitos empreendimentos são iniciados, outros fecham as portas por falta de uma boa gestão e planejamento financeiro
Por Luiza Belloni Veronesi
Dados da Serasa Experian mostram que, nos oito primeiros meses de 2013, mais de 1,2 milhões de empresas abriram as portas. Contudo, no mesmo período, 44% das empresas que tiveram falências decretadas foram MPEs (Micro e Pequenas Empresas).
De acordo com a Serasa Experian, isso ocorre porque, enquanto muitos empreendimentos são iniciados, outras tantas empresas fecham as portas por falta de uma boa gestão e planejamento financeiro.
“Diante de uma crise financeira interna, muitos empreendedores acreditam que as vendas vão crescer e as contas em aberto serão sanadas no próximo mês – o que, na maioria das vezes, não acontece”, alertaram economistas da Serasa. Eles também deram algumas dicas para o micro e pequeno empresário evitar que a inadimplência se transforme em falência. Confira:
1. Reconheça as dívidas
O primeiro passo é anotar o quanto você deve a cada fornecedor, instituição financeira e ao Governo (taxas e impostos), bem como eventuais atrasos de pagamento e encargos aos funcionários.
2. Identifique os erros
Procure entender os fatores e situações que levaram sua empresa a estar no vermelho. São falhas na gestão? Compras mal dimensionadas? Custos elevados? Precificação incorreta de produtos e serviços oferecidos?
3. Corte gastos
Identifique e corte os excessos, como o uso de telefones fixos ou móveis e o desperdício de energia e materiais.
4. Dê preferência às dividas mais graves
Identifique as dívidas em pior situação: aquelas que acarretam juros altos e impossibilitam a tomada de capital de giro ou ainda dívidas que impossibilitem a continuidade do negócio, como dívidas com fornecedores de matérias primas. “Lembre-se de que, no caso dos impostos atrasados, há a possibilidade de parcelamento, muitas vezes em até 60 meses sem juros”, apontou a Serasa. “Em seguida, identifique quem é o credor desta dívida – para procura-lo e tentar negociar a dívida em aberto.”
5. Estabeleça condições reais de pagamento
Ao renegociar, saiba qual sua verdadeira capacidade de pagamento, tendo em vista a crise que a empresa atravessa – e tenha essa capacidade em mente. Pedir um alongamento do prazo para possibilitar a redução do valor de cada parcela é uma boa maneira de não se comprometer com parcelas que estão além da sua capacidade financeira.
6. Evite o efeito “bola de neve”
Muitas empresas fecham as portas porque postergam as ações emergenciais diante da crise financeira. O ideal é procurar os credores para tentar renegociar as dívidas antes que elas escapem ainda mais do controle, o que acarretará descrédito do mercado e perda de fornecedores, além de restrições cadastrais.
7. Peça ajuda
Quando o apoio técnico de uma consultoria especializada couber no orçamento, vale a pena recorrer. Ferramentas que permitem o acompanhamento de quando apontamentos negativos estão sendo incluídos ou excluídos do CPNJ da empresa podem sem boas aliadas. Vale ainda fazer o monitoramento da inclusão das pendências financeiras relativas aos sócios, uma vez que estas informações também são consideradas na análise de crédito da empresa.
8. Planeje
Estabeleça metas a serem alcançadas no curto, médio e longo prazo. À medida que conseguir atingir os objetivo, você se sentirá mais forte para seguir adiante.
9. Aprenda com seus erros
Uma empresa em crise é a prova de que algo foi mal executado. Ao tentar sair do colapso financeiro, evite cometer os mesmos erros. Isso é pré-requisito para o crescimento da MPE.
Fonte: www.infomoney.com.br
Fonte da imagem: Clique aqui
0 Comentários