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Overqualified: Qualificado Demais Para o Cargo ou Função

Autor: Nathaly Bispo

Motivados pela necessidade de se diferenciarem perante o mercado e incentivados pelos programas de desenvolvimento interno das organizações, muitos profissionais procuram qualificar-se continuamente até o ponto em que adquirem competências e habilidades superiores às necessidades de entrega exigidas pelo cargo ocupado ou pela própria empresa.

E então, o que fazer nesses casos? Esquecer todo o conhecimento acumulado, deixando que ele se apague com a rotina que nos são impostas? Buscar a passividade para não demonstrar todo o potencial de entrega? Tentar convencer a chefia que temos condições de assumir novos projetos? Ou, então, escolher ser um funcionário que reclama de tudo, que protesta em todas as situações que não é reconhecido, deixando que a frustração profissional tome conta de nossos dias?

Assuma o controle de sua carreira

“No momento em que percebemos que crescemos mais do que nosso cargo demanda e que a empresa onde atuamos está se desenvolvendo em um ritmo menos acelerado, devemos ampliar as possibilidades e as perspectivas individuais procurando novas opções. Recomendo, inicialmente, dedicar-se ao máximo, obtendo os melhores resultados possíveis na função. Para isso devemos: implantar todos os novos projetos solicitados, disseminar conhecimento, preparar sucessores e fazer com que nossas habilidades e competências agreguem muito valor ao nosso cargo, setor ou empresa” afirma o sócio consultor na empresa ExcellentMach Gestão Empresarial,Leonardo Siqueira Borges.

Porém, se concluir que realmente não há mais espaço para tais entregas, o profissional deve assumir o controle de sua carreira, buscando novas oportunidades no mercado, abrindo espaço para outros profissionais que também estão em busca de novas possibilidades de entrega e que, muitas vezes, por insistência de quem está qualificado em não deixar aquela posição, são brecados em seu processo de desenvolvimento.

Ainda segundo o consultor, desta forma, é possível estar receptivo ao que o mercado pode oferecer e possibilitar maiores chances para os demais colegas que continuarão na empresa. “Também é importante não esquecer que além das diversas competências que nos diferenciam como profissionais, precisamos sempre de muita ousadia, segurança e fé de que tudo dará certo e, é claro, uma grande dose de desapego às posições ou facilidades oferecidas pela empresa que atuamos hoje e que, muitas vezes, nos paralisam. Precisamos deixar de querer vestir aquela roupa, que ainda está linda, que serviu perfeitamente quando a compramos, mas que hoje está justa e não nos serve mais. Pense nisto e sucesso em suas decisões”, conclui Borges.


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