Usar as redes sociais para difundir as oportunidades de aprendizagem da empresa pode ser um diferencial, de acordo com uma pesquisa da Cia de talentos
Por Ariane Abdallah
O que leva um jovem a querer fazer parte de uma empresa é, acima de tudo, ouvir alguém que trabalha ou trabalhou na companhia relatar experiências positivas – e isso costuma acontecer mais nas regiões em que a empresa tem uma unidade instalada. Melhor ainda se essas experiências estiverem relacionadas com as possibilidades de aprender e se desenvolver profissionalmente. Esses são algumas das conclusões a partir dos resultados da pesquisa A Empresa dos Sonhos dos Jovens 2013, realizada pela consultoria de Recursos Humanos Cia de Talentos.
Dentre os mais de 52 mil entrevistados, 23% afirmou saber o que a empresa oferece por meio de pessoas que trabalham ou trabalharam lá. Em seguia, 17% viram essas informações em jornal, TV, rádio, revista e blog. No ranking das Empresas dos Sonhos escolhidas por eles, aparecem Gerdau, Volvo e Grupo Boticário apenas entre as pessoas da região Sul do país. Entre as respostas globais, as eleitas foram, nesta ordem: Petrobras, Google, Itaú, Vale, Santander, Nestlé, Odebrecht, Ambev, PwC e Unilever.
De acordo com Maíra Habimorad, presidente da Cia de Talentos, a aprendizagem e o desenvolvimento profissional são “a nova empregabilidade”. Isto é, se décadas atrás a grande preocupação dos profissionais era garantir um emprego para os próximos anos, hoje, com mais oportunidades e contratos mais flexíveis, aperfeiçoar-se constantemente é um valor mais forte para os jovens. “A pessoa quer se sentir interessante e perceber que é interessante para as organizações”.
Diante dessas informações, Maíra Habimorad sugere que as companhias interessadas em atrair os jovens para seus times apostem nos canais informais de divulgação da cultura da empresa e que, na hora em que fizerem isso, ressaltem aspectos relacionados à oportunidade de aprendizagem e desenvolvimento dos colaboradores. Segundo ela, pensar globalmente, nesse caso, pode ser perigoso. “Muitas organizações têm uma comunicação única no país todo”, afirma. “Porém, a pesquisa mostrou que aquelas que têm uma operação mais forte em alguma região são mais reconhecidas e desejadas pelos jovens dali”.
As redes sociais são apontadas por Maíra como a principal ferramenta para estimular o boca a boca entre atuais e potenciais colaboradores que estão fora da área de atuação da empresa. “Através delas, é possível alcançar quem não está próximo e, portanto, não conhece a companhia por meio de um vizinho ou amigo que já trabalhou lá”. Assim, mesmo que não esteja fisicamente presente, a companhia pode passar a fazer parte dos sonhos dos novos profissionais.
Fonte: epocanegocios.globo.com
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