Além de bebidas, a Coca vende roupas. E a Ford eletrodomésticos. Já o Habib´s quer vender gasolina. Veja esses e outros negócios curiosos de grandes companhias
Por Tatiana Vaz
Não é incomum empresas com negócios bem definidos vislumbrarem, em outros totalmente diferentes, belas oportunidades de aumentar seus ganhos. Mas o fato de fabricarem carros e terem suas marcas em ferros de passar, a exemplo do anunciado recentemente pela Ford, não deixa de ser interessante até mesmo para os consumidores.
Veja, a seguir, alguns casos de companhias que já exploraram ou estão explorando produtos bem distantes de seus negócios principais.
Ford: eletrodomésticos
Já pensou em comprar um carro da montadora Ford? E um fogão ou uma geladeira? Pode parecer estranho, mas recentemente a companhia anunciou que entraria no ramo de eletrodoméstico por meio de uma parceria com a NKS. Ainda assim, a Ford Home Solutions não marca a estreia da montadora nos produtos de casa e cozinha. Na década de 60, a Philco-Ford também fabricava itens desse tipo. Na época, a Philco pertencia ao grupo Fiat e foi assim até a empresa ser vendida para a Hitashi na década de 80.
Coca-Cola: roupas
A companhia de refrigerantes mais famosa do mundo é também uma das marcas mais poderosas do planeta. E por que não explorar mais isso, então, em outros produtos? Foi com essa ideia que a Coca-Cola decidiu estender seu nome para marcas de roupas – um negócio que acabou dando certo (por enquanto) apenas no Brasil, com o lançamento da Coca-Cola Clothing. Fabricadas por uma empresa parceira, as roupas da marca são descoladas para atrair o público jovem e devem ser exportadas daqui para outros países em breve.
Magazine Luiza: turismo
Em uma empresa de varejo, onde muitas pessoas circulam pelas lojas, é normal que se pensar em agregar produtos ao seu portólio para, assim, vender mais, com mais ofertas. O Magazine Luiza foi mais além: por que não vender também pacotes de viagens para os clientes? Assim nasceu a agência de turismo da rede, a Luiza Viagens, em parceria com a companhia aérea Azul. O Walmart Brasil também seguiu uma estratégia semelhante, com a inclusão de um departamento de turismo em seu site, no ano passado.
Pão de Açúcar: shoppings
A maior rede de varejo do país investiu, neste ano, em uma área distante de seu negócio principal: a de shoppings. O grupo, que já tem em seu portfólio uma área de incorporação, farmácias e postos de gasolinas, fez um aporte de 40 milhões de reais em seu primeiro shopping. Localizado na capital carioca, o empreendimento conta com 40 lojas, entre elas Centauro, Alô Bebê e Pet Center Marginal, além de um supermercado da bandeira Pão de Açúcar, segundo informações do Valor Econômico.
Natura: chás
Conhecida por seus produtos de beleza, a Natura se aventurou em um ramo bem diferente há alguns anos, com a ideia de agregar em seu portfólio itens que levavam bem estar para os clientes. Batizada de Frutífera, a linha de chás da companhia se definia como “goles de pureza” e foi vendida, assim como seus outros produtos, por meio das consultoras de vendas até ser descontinuada.
Habib´s: postos de gasolina
Por trás das esfihas vendidas pela rede Habib´s há muitos, muitos outros negócios – dez empresas para ser mais exato. O empresário Alberto Saraiva decidiu apostar em ramos que pudessem baratear os produtos vendidos em suas lojas e garantir o mesmo sabor dos alimentos por anos e anos. Abriu então, aos poucos, uma fabricante própria de laticínios, outra de sorvete, outra de pães, além de outras tantas para angariar franqueados e ajudá-los no marketing e arquitetura da franquia. Sempre com a ideia de cortar custos, Saraiva ainda viu que podia economizar com a viagem de seus executivos pelo país e vender passagens aéreas se tivesse uma agência de turismo. Acabou por fundar a Bib´s Tur. O último projeto, criado e divulgado em 2009, é o de fundar uma rede de postos de gasolina. Assim como os outros, com ele o empresário quer abastecer o tanque das motos de seus entregadores, além de abastecer os das concorrentes, claro, por que não?
Samsung: banco
Os negócios da Samsung na Coreia do Sul vão muito além de um parque de diversões (é, ela também possui um grande empreendimento desse por lá). Além dos conhecidos celulares e aparelhos de som e tevê da marca vistos por aqui, a empresa fabrica por lá – e distribui para vários países – eletrodomésticos, como geladeiras, fogões e ferros. Não para por ai. Navios da marca são fabricados pela empresa, que ainda conta com bancos Samsung espalhados pelas ruas do país de origem.
Yamaha: pianos
Fundada em 1887, a Yamaha nasceu como uma fabricante japonesa de pianos e órgãos, com o nome de Nippon Gakki (ainda hoje o símbolo é um trio de diapasões). Tornou-se Yamaha apenas em 1987, anos depois da companhia ter iniciado a fabricação de motos, com a reutilização das máquinas produzidas pela companhia para a Segunda Guerra. Com o tempo, a empresa cresceu e ampliou ainda mais o portfólio. Guitarra, violinos, móveis e robôs industriais ganharam espaço na empresa, que hoje é a segunda maior fabricante de motos do Brasil.
Ferrari: parque de diversões
Além de alguns dos carros mais cobiçados do mundo, a Ferrari já se aventurou em outras estradas por ai. Em 2010, a montadora italiana se aliou com a Aldar Properties, empresa de desenvolvimento imobiliário mantida por fundos de investimentos de Abu Dhabi, para o lançamento de um parque de diversões. O Ferrari World Abu Dhabi tem 200.000 metros quadrados e foi construído na ilha de Yas Island com atrações como montanhas-russas, uma escola de pilotagem e um museu com alguns modelos famosos.
Virgin: turismo espacial
Se tem alguém especialista em abrir negócios diferentes uns dos outros é o empresário britânico Richard Branson. Ele criou a Virgin em 1966, um grupo que hoje tem mais de 200 companhias em mais de 30 países. Uma empresa aérea, gravadora, processadora de cartões e até uma agência de turismo para gente interessada em ir dar uma voltinha no espaço são alguns dos ramos de atuação do grupo, ainda hoje um dos maiores do mundo.
Fonte: exame.abril.com.br
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