Autor: Samara Teixeira
A palavra psicopata, embora muitos não saibam, não representa necessariamente violência ou outras coisas ruins. Para a psicologia, psicopatia nada mais é que um conjunto distinto de características de personalidade e pode ser comumente encontrada nas pessoas, que apresentam frieza, ausência de medo, são charmosas, persuasivas e narcisistas, e normalmente não são simpáticas.
Neste intuito o psicopata corporativo pode trazer benefícios ao ambiente profissional, já que muitos psicopatas são extremamente inteligentes e conseguem controlar seus instintos. O psicólogo Kevin Dutton, da Universidade de Cambridge, Inglaterra, concluiu em pesquisa que os profissionais que mais apresentam características psicopatas são os presidentes de companhia, seguidos pelos médicos cirurgiões, ambos profissionais de frieza, que assumem riscos e que podem quebrar regras.
Para Fátima Jinnyat, professora dos programas de Pósgraduação e MBA da FIA, FAAP e Unifesp, o apego ao pragmatismo, o foco em resultado, a pressão por metas, a velocidade para conquistar mercado são característicos do modelo de trabalho vigente, que favorece o profissional frio, pouco sensível às questões humanas, cobrador incansável, com alto nível de exigência e autoritário.
Antes de falar sobre perfis psicopatas é importante entender a natureza humana e a sua complexidade perante situações advindas do comportamento humano e os cuidados que devemos ter para que uma pessoa não possa ser compreendida a partir de um rótulo.
O conceito em estudos médicos refere-se a um transtorno caracterizado por atos antissociais contínuos, e principalmente, por uma inabilidade de seguir normas sociais em muitos aspectos do desenvolvimento da adolescência e da vida adulta.
Já para José Roberto Marques, diretor presidente do IBC Coaching, o perfil do psicopata dentro de uma empresa pode se destacar positivamente com características como discrição extraordinária, ou seja, é a uma pessoa centrada e focada.
Até que ponto estas características são positivas?
Por ser uma pessoa com características totalmente individuais, o sociopata não terá o equilíbrio necessário, ou seja, os resultados da empresa não serão afetados, porém, a vida pessoal deste profissional não estará balanceada.
“No momento de crise na empresa, o psicopata trará maiores resultados, pois ele terá a frieza necessária para superar a instabilidade, o que seria difícil para outros profissionais”, afirma José Roberto Marques.
Para Cleide Callejon, psicóloga e consultora organizacional, é provável que nas organizações tenhamos indivíduos com comportamentos que se enquadram nesta definição, “porém, considero um ato temerário assumir este ‘rótulo’, visto que dentro dos nossos padrões culturais e sociais, quando utilizamos um termo de forma repetitiva, é comum que todos projetem no rotulado os comportamentos tipicamente associado à expressão, o que levará a um clima turbulento da equipe e resultados improdutivos”, resumi a especialista.
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