Autor: Samara Teixeira
É comum observamos pessoas que possuem o hábito de conferir a todo o momento o aparelho telefônico móvel, verificando a todo instante se receberam uma mensagem, ligação, caixa-postal, e-mail, atualizações em redes sociais e, até mesmo, checam os sites de notícias. Todas essas características podem ser atribuídas a um transtorno chamado conectholic ou dependência de celular.
Quem possui o transtorno tende a ser uma pessoa ansiosa que prejudica a rotina de trabalho e particular para se encarregar de checar o celular a todo momento. “Este transtorno impede que a pessoa realize atividades comuns sem estarem com o celular em mãos a todo o momento, ou seja, em meio a um jantar com amigos ou família a pessoa não terá foco e passará o tempo todo focada no aparelho, causando desconfortos e brigas com os companheiros”, explica Dora Sampaio Góes, psicóloga do Ambulatório de Transtornos do Impulso (ProAmiti) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq-HC).
Segundo a psicóloga a dependência de celular não é enquadrada como um transtorno obsessivo compulsivo (TOC), porém, uma pessoa pode conter o TOC e, também, a dependência por celular.
“Diferente do TOC, que tem por característica atos repetitivos para afastar um pensamento ruim, por exemplo, lavar as mãos a todo o momento serve para prevenir a contaminação de uma doença, por isso, quem possui o transtorno com esta característica lava as mãos a todo o momento. Já o conectholic, não age para prevenir algo pior e sim por curiosidade”, contextualiza a psicóloga.
Qual o tratamento para dependência de celular?
No Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq-HC), existe um grupo sendo analisado e um departamento específico estudando transtornos relacionados com a internet e os celulares. Dentro do departamento são realizadas inúmeras pesquisas que são bases para tratamentos de inúmeros transtornos, no caso, a dependência de celular é uma das pautas.
O tratamento para as dependências possui abordagens multidisciplinares. Após a pré-triagem para averiguar o quadro de sintomas, o psiquiatra realiza uma consulta para avaliação, só então é oferecido ao paciente um plano terapêutico em grupo e/ou individual que constitui de acompanhamento psicológico e psiquiátrico.
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