Autor: Samara Teixeira
Em meio a inúmeras possibilidades de comunicação, com um mundo cada vez mais imediatista nos fatos e notícias, o grande problema ainda vivido pelos seres humanos e, principalmente, pelas corporações é a péssima comunicação.
A habilidade da boa comunicação foi comprovada por séculos com grandes nomes da literatura, filosofia e antropologia, para exemplificar, a qualidade e intenção de comunicador do William Shakespeare conseguiu em uma época difícil alcançar seus objetivos e expressar, de inúmeras maneiras, suas críticas da sociedade do século XVI.
Shakespeare era guardador de cavalos, ator, autor e poeta, realizou muito mais do que belas obras escritas porque nos mostrou que a linguagem não é um meio apenas para argumentar e convencer, mas para expressar situações e sensações para as quais invariavelmente dizemos: “faltam palavras para expressar o que penso e sinto”, explica Maristela Guimarães André, consultora do Instituto KVT – Desenvolvimento da Consciência Empresarial.
Nas peças de Shakespeare os diálogos foram feitos para revelar o que está quase sempre oculto, até para nós mesmos, não são para provar quem está certo ou errado, quem tem ou não tem razão, mas para falar das questões humanas nas suas várias situações de vida.
“Seus temas não são os conflitos entre seres imortais divinos e os seres humanos das tragédias gregas, mas as situações que cada um de nós enfrenta diariamente, como a insegurança perante o desconhecido, as dificuldades no relacionamento amoroso, as incertezas perante momentos de difícil decisão, e as consequências impensadas de nossas ações”, enfatiza Maristela.
Lição Shakespeareana
O teatro é a arte do diálogo aberto entre personagens de uma cena, e Shakespeare nos mostra que, independente de nosso cargo, posição social ou status, qualquer um de nós é acometido pelos mesmos dilemas, alguns mais profundos outros mais superficiais, mas é importante saber o que é preciso guardar só para si e o que pode ser dito.
Para mudar este cenário e tornar o nível da comunicação superior dentro das organizações, a consultora sugere que você:
- Assim como Shakespeare, aprenda que as paixões levam ao excesso, por isso é preciso conduzi-las com palavras que fiquem na memória como um presente recebido de alguém de quem gostamos e confiamos.
- Aprenda a usar palavras diferentes, mas, não é importante escolher palavras bonitas só para causar um efeito aparente e passageiro. O efeito nasce da coerência entre o conteúdo e a forma.
- Evite uma fala ou escrita rebuscada, pois afasta a compreensão. Se não sabe como se expressar ou o que dizer, não invente. Atenha-se ao foco e fale o essencial.
“Shakespeare foi inovador e criativo ao abrir as cortinas que separavam nossas ambiguidades das múltiplas e infinitas possibilidades de nos expressarmos com clareza, nos presenteando com uma chave para o conhecimento. Indicando também um caminho para sermos autores de nossa presença pessoal e não meros espectadores do enredo que construímos diariamente com nossas vidas”, conclui a consultora.
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