Um chefe eficaz tem de entender isso e não brigar contra isso. A chave para compreender isso está em uma palavra: empatia.
Por Ricardo Neves
Segunda-feira é um dia difícil paca. Para todo mundo! As estatísticas sobre produtividade e qualidade no trabalho são inequívocas a este respeito. Por exemplo, na indústria automobilística todos os gestores sabem que os melhores carros são os produzidos no meio da semana. Por isso os diretores e gerentes das montadoras, quando compram seus próprios carros, pedem os “de quarta-feira”. Pergunte isso na concessionária para comprovar.
Qual o problema com as pontas da semana? Todos nós sabemos que a noite de domingo para segunda é uma noite complicada… Mais uma vez, as estatísticas confirmam que a insônia ou simplesmente a noite mal dormida bate forte, na maior parte da população, justamente nessa noite. A sexta-feira passa rápida e de forma meio embromada porque está todo mundo de olho no relógio para ganhar a alforria.
Todo mundo sabe bem o significado de antipatia e simpatia. As duas palavras compartilham o radical pathos, que significa “sentimento de paixão” em grego. Quem desperta simpatia está em união com a paixão do outro; justamente o oposto no caso da antipatia.
Empatia é a característica que vai se configurando como a mais importante da liderança eficaz. Ser simpático, antipático ou carismático é secundário para a chefia que pretende extrair o melhor dos seus liderados. O mais importante é a capacidade de ser empático.
A empatia é, no final das contas, a capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa, independentemente da sua própria paixão. Quando você consegue isso, você entende o que move as pessoas. Aí você conduz o diálogo de forma sábia conforme as expectativas do seu interlocutor e não simplesmente ditando à pessoa o que deve ser feito.
A empatia é a senha — o password — para inicializar processos de motivação nas pessoas com as quais lidamos. Quando as pessoas se sentem internamente motivadas, ah! elas atravessam até o inferno cumprir uma missão!
A empatia é uma característica humana que pode ser desenvolvida. Por isso a psicologia e a neurociência veem desde o século XX fuçando tanto esse tema entendendo a empatia como uma “espécie de inteligência emocional” que pode ser categorizada em dois tipos: “a cognitiva – relacionada à capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e a afetiva – relacionada à habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia.” (Mais aqui na Wikipédia!).
Meus melhores chefes, aqueles que me pediram para encarar os desafios mais difíceis e que conseguiram extrair de mim o meu melhor, nunca foram os simpáticos, os bonzinhos ou carismáticos. Foram os empáticos.
E seu chefe? É empático, simpático, carismático ou simplesmente um chato de galocha?
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