por Caio Lauer
Os locais de Coworking ou escritório colaborativo surgiram nos Estados Unidos em 2005, a partir da ideia de um analista de sistemas que buscava uma alternativa para fugir do trabalho em casa. Este modelo de negócio consiste em um lugar no qual vários profissionais, de diversas áreas, alugam espaços para desenvolverem os seus trabalhos. Ele vem crescendo no Brasil e mostra-se como uma opção das amarras de um escritório formal, sem oferecer os riscos da liberdade do home office.
No Brasil, estes espaços vêm crescendo. Há cerca de 2 anos eram menos de 10 e hoje temos mais de 50 unidades. Este aumento explica-se pela supervalorização dos imóveis comerciais no país – hoje fica muito difícil para o profissional bancar um local para atuar. O baixo custo e a ausência de burocracias são os maiores motivadores para que o profissional busque o ambientes de coworking. Para ter um escritório próprio, ele precisa pagar aluguel, mobiliar e ter o nome regularizado, enquanto num espaço como este, encontra grandes facilidades – realiza reuniões e encontros sempre que necessário. “Imaginamos como um empreendedor gostaria de trabalhar. O conceito do coworking é bem diferente dos escritórios, com mais conforto, espaço amplo nas salas, e a pessoa não precisa se preocupar com café, água e limpeza, pois oferecemos toda esta estrutura. Emprestamos também notebooks, caso precisem”, explica Ana Fontes, proprietária do MyJobSpace, escritório colaborativo.
Pessoas que atuam nos segmentos de Serviços, Tecnologia da Informação, Direito, consultores e assessores são os que acabam procurando mais estes locais. Os recém-formados também procuram o coworking, já que ainda não possuem uma carteira de clientes muito grande e o local possibilita que realizam trocas de experiências e contatos profissionais intensos. “Oferecemos pacotes, dependendo da necessidade de cada empreendedor. Existem períodos de 100 horas, 50 horas e até de um mês. O espaço fica aberto das 08h30 às 20h30 e a pessoa escolhe o horário que quiser dentro do plano que escolheu no contrato”, conta Ana.
Muito profissionais que atuam em homeoffice procuram este tipo de ambiente, até para socializar, praticar networking e fugir das distrações que acontecem quando se trabalha em casa. O espaço de coworking traz um lado bastante positivo do meio corporativo que é a relação com outros profissionais. “Acredito que a busca pela qualidade de vida também pesa nesta escolha. As pessoas acabam optando por locais de coworking mais próximos de suas casas para facilitar o ir e vir, principalmente com o trânsito das grandes cidades”, relata Luciana Pegorin, administradora da Beehouse, empresa de coworking.
Algumas empresas até incentivam que seus funcionários atuem em coworking. O clima nestes espaços foge muito aos de escritórios, criando um ambiente mais colaborativo. “Como existem profissionais de diversas áreas, a troca de informações e de negócios é muito grande”, diz Pegorin.
Fonte da imagem: http://blog.coworking.com/wp-content/uploads/2010/10/coworking2.jpg
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Pra quem quiser conhecer um pouco melhor, o site deles é www.clubwork.com.br