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O Que Leva o Profissional a Perder Seu Espaço?


Se antes quem detinha o conhecimento técnico era considerado um profissional disputado pelas empresas, com o advento da globalização as organizações passaram a desejar muito mais daqueles que formam seus times. É necessário, por exemplo, que o futuro colaborador traga consigo competências comportamentais que o ajudarão a ter um melhor desempenho tanto individual quanto junto aos demais pares. Isso, por sua vez, só será possível se o indivíduo souber trabalhar em equipe e tiver consciência de que o conhecimento deve ser compartilhado e não restrito a uma única pessoa. Apesar das organizações mostrarem nitidamente que os colaboradores necessitam ficar atentos às inovações, há aqueles que apesar de apresentarem um bom potencial - que pode ser aprimorado - não conquistam o que tanto almejam do mundo corporativo. Confira abaixo algumas características que fazem o profissional perder espaço em um mercado, cada vez mais, competitivo.

1 - Acreditar que o conhecimento técnico é suficiente, para que ele possa ter uma carreira promissora e uma rápida ascensão profissional. Hoje, a teoria encontra-se disponível das mais variadas formas: livros didáticos, revistas, sites especializados, além das conhecidas redes sociais. A velocidade com que as informações propagam-se aumenta a cada segundo.

2 - Pensar que ser especialista fará dele a "sensação" da empresa e o profissional de mais destaque. As constantes mudanças no meio corporativo exigem que os profissionais adaptem-se ao novo. Diante disso, ocorreu uma evolução: saímos da fase de generalistas, passamos para especialistas e hoje o mercado espera que o talento seja um nexialista, ou seja, aquele indivíduo que não tem a resposta para tudo, mas que sabe muito bem onde encontrar a solução, com isenção e visão gestáltica que permite a análise do "todo" e de "suas partes".

3 - Perde espaço no mercado de trabalho quem tem em mente que o conhecimento possui "dono" e que o mesmo em momento algum deva ser compartilhado com os demais membros da equipe. É bom salientar que quando alguém compartilha uma informação com outra pessoa, ele não perde espaço, mas sim ganha a oportunidade de trocar experiências com o outro lado. Essa é uma rica oportunidade de aprendizado para profissionais de todas as idades e que atuam nos mais variados segmentos corporativos.

4 - Ser centralizador e se tornar uma "muralha" em relação ao trabalho em equipe. As empresas valorizam muito o colaborador que é adepto do espírito de camaradagem, uma vez que essa competência comportamental influencia a melhoria do desempenho individual e coletivo.

5 - Perdem também espaço para o mercado de trabalho aqueles que se mostram contrários aos processos de inovação e ainda acreditam que "Em time que está ganhando, não é preciso mexer". Não existem mais fronteiras para a disseminação do conhecimento, pois a tecnologia permite que milhões de pessoas tenham acesso a novas informações em uma velocidade que aumenta a cada dia. O que é novo nesse momento poder tornar-se obsoleto em questão de dias ou até mesmo de horas.

6 - Esperar que a empresa faça tudo pelo seu desenvolvimento é um dos erros mais graves que um profissional pode cometer contra a sua empregabilidade. Se a organização não oferece, independentemente do motivo, ferramentas para que o colaborador desenvolva novas competências, existe a opção de ir à busca do autodesenvolvimento através de leituras especializadas, cursos que muitas vezes podem ser realizados gratuitamente através da internet, por exemplo. Há ainda aquela agradável conversa que o profissional pode ocorrer com o colega mais experiente e que pode possui conteúdo de valor para agregar.

7 - Existe também aquele profissional que tem a oportunidade de desenvolver competências porque a empresa em que atua oferece treinamentos regulares, mas que deixa o "barco passar". Caso não exista uma obrigatoriedade que pese no plano de cargos e salários, por exemplo, a pessoa fica a ver navios porque acredita que participar de cursos é perda de tempo. Isso o faz ser um grande simpatizante da chamada zona de conforto - uma grande inimiga tanto das empresas quanto dos funcionários.

8 - Para conhecer os pontos fortes e trabalhar aqueles considerados fracos, o funcionário que não quer perder espaço no mercado precisa saber dar e receber feedback. Considere-se aqui feedback não como um "puxão de orelha", mas sim um diálogo construtivo que permite que o profissional tenha a oportunidade de, juntamente com seu gestor, elaborar um plano de desenvolvimento. Vale um lembrete: quem dá feedback precisa dominar esse recurso. Caso contrário, os efeitos podem ser extremamente negativos para a saúde da empresa.

9 - Comprometimento com suas atividades. Esse é um diferencial que as empresas valorizam e que se torna perceptível em como o funcionário comporta-se no dia a dia. Pessoas que não dão o melhor de si e vão trabalhar apenas para receber a remuneração ao final de cada mês, correm um risco significativo de serem desligadas da organização.

10 - Visão de futuro não é apenas um privilégio de quem assume funções de destaque, mas sim de todos que fazem parte do organismo vivo que é uma organização. Quem não consegue enxergar o amanhã, perdeu o dia de "hoje" porque não tem ideia do seu papel no contexto corporativo e do valor que pode agregar ao negócio. A pessoa que permite ser apenas mais um número na folha de pagamento é vulnerável a perder seu espaço na empresa e abre oportunidades para que outros se tornem um diferencial.

Fonte: RH.com.br
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