Caio Lauer
Os jogos de negócios, ou business games, estão sendo cada vez mais aplicados no mundo empresarial e universo acadêmico. Inovador, divertido e estimulante, este formato de simulador permite que o profissional ou estudante adquira conhecimento de maneira lúdica, sem necessidade de locomoção, pois o advento da internet permite o acesso de qualquer local. A maior vantagem é a interatividade, além de uma aula muito mais envolvente, com a participação dos alunos.
Os Estados Unidos e Europa estão na chamada “terceira onda” no desenvolvimento de business games com auxilio da internet. Existem vários fornecedores e desenvolvedores destes jogos, que, muitas vezes, são professores aposentados ou experientes executivos que iniciaram uma nova jornada no ramo. Estes profissionais abrem suas empresas, têm acesso à tecnologia necessária, desenvolvem o jogo com auxilio de técnicos em TI e passam a comercializá-los. No Brasil este ainda é um conceito embrionário, mas que ganha força com a inserção, cada vez maior, da cultura da internet na população como um todo.
A preocupação com o preparo da mão de obra para os eventos esportivos de Copa do Mundo e Olimpíadas movimenta o mercado de Business Games, como explica o diretor da BR Academy (empresa que atua na aplicação de Business Games e simulações), Antonio Dirceu de Miranda: “privilegiamos no momento trazer simuladores setoriais, além dos tradicionais, que são os executivos e de escolas, que suprirão a demanda do Brasil daqui para frente, como gestão e construção de aeroportos, e gestão hoteleira”.
Estudantes, via de regra, não tem experiência profissional como tomadores de decisão. São jovens que estão em fase inicial de formação no mercado de trabalho e os jogos empresariais dão a oportunidade para que se coloquem em situações como as de reais executivos. “Eles precisam analisar mercado, concorrência, comportamento do consumidor e crescimento de mercado. Esta dinâmica criou um ambiente que soma bastante na formação acadêmica. A receptividade para uso do jogo é bem alta”, explica Márcio Sampaio de Jesus, diretor do curso de administração da Unicid.
O diretor conta que a intenção é formar alunos com competências para o empreendedorismo e para a gestão das organizações com um viés mais estratégico. A universidade realiza uma pesquisa de mercado com empresas que oferecem soluções em simuladores de negócio. “A ferramenta que escolhemos trabalha estas competências e esse perfil de alunos com veia empreendedora. Ela também desenvolve a ideia de desenvolvimento sustentável das organizações”, relata.
Nas aulas, há uma série de decisões onde o aluno analisa de forma estratégica e finaliza seu trabalho de acordo com as estratégias adotadas anteriormente e decididas pelo grupo que faz parte. Márcio diz que a intenção é que o estudante também desenvolva a habilidade de trabalhar em equipe, pois “isto é muito importante nos dias de hoje, onde cada um tem um tipo de expertise ou experiência, seja em finanças ou marketing”. O diretor conta que os alunos se reúnem na universidade ou fora dela, pois o software é online e permite esta realização.
Fonte: Business Games: inovação no conhecimento – Mercado - Jornal Carreira e Sucesso
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