por Conrado Adolpho
Não raro, isso me acontece. Deparo-me com um cliente que não distingue um computador de uma sopa de cebola. Chamo de “ser digitchau”, em oposição ao que denomino de ser digital.
O ser digitchau ainda usa as Páginas Amarelas para procurar um fornecedor, grava suas músicas em fitas cassete, acha que PDA é um novo partido e usa o computador somente para escrever relatórios, maior avanço desde que aposentou a velha Lettera 37 da Olivetti.
O ser digitchau está fadado às piores previsões.
Era final de tarde quando minha cliente chegou. A reunião mal começara e, já nos cinco primeiros minutos de conversa, o comportamento digitchau veio à tona:“Conrado, vou renovar o meu contrato de R$2.500,00 mensais com as Páginas Amarelas e preciso de um site para colocar no anúncio.”
Todos os meus cyber neurônios entraram em uma catarse coletiva.
“Dona Takashi, a senhora fabrica as flores artesanais mais lindas que eu já vi. Com um bom site e um sistema de logística, a senhora não precisará nunca mais pagar R$2.500 por mês para as Páginas Amarelas para divulgar seu produto. Venderá para o mundo inteiro e aumentará seu faturamento em pelo menos umas cem vezes. O site das Flores online, por exemplo”, disse, iniciando uma batalha inglória que se travaria por longas quatro horas de argumentos e cases, “fatura mais de 9 milhões de reais por ano”
Não houve jeito, tive que dividir a minha insatisfação com as Páginas Amarelas. Ela, por fechar um contrato menor, de R$1.000 mensais. Eu por ver o meu cliente aproveitando tão mal seu investimento.
O fenômeno gerado pela nova economia, potencializada pela Internet, ainda não tocou a mente de algumas pessoas. Seus mundos analógicos simplesmente não conseguem suportar o novo padrão digital de comportamento, linguagem e maneira de fazer negócios.
Se você é um ser digitchau, a má notícia é que, se você não se mexer, e depressa, poderá perder mercado para concorrentes que podem estar, literalmente, na China e ainda assim estar mais perto do seu cliente do que você.
Tal qual um muro de Berlim, as noções de tempo e espaço caíram definitivamente por terra. Não existe longe, não existe perto. Não existe tarde, não existe cedo.
É claro que existe o copo meio cheio dessa história. A sua empresa também pode vender para qualquer lugar. Seja para Porto Alegre, Salvador ou...para a China.
Muitas empresas ainda não se conscientizaram que necessitam de, mais do que presença digital, precisam de posicionamento digital. Ou você tem um lucrativo e informativo website, implanta um eficiente e-business e usa a tecnologia a seu favor, ou não terá sequer o baralho para entrar neste jogo.
O mundo se torna cada vez mais digital e o que restará para os que não acompanharem essa evolução, em muito pouco tempo, não será muita coisa. Aos novos analfabetos digitais restarão os serviços operacionais: aqueles que serão executados, ou por robôs, ou por futuros desempregados.
A boa notícia é que ainda estamos no início desta tsunami cibernética. Ainda há tempo para pegar o bonde, ou melhor, para pegar o trem-bala dessa imensa revolução que está mudando todos os paradigmas vigentes e revertendo a ordem das coisas.
Em palestras de inclusão digital corporativa e em consultorias de marketing digital transmito uma mesma mensagem: o cerne da questão da inclusão digital não é aprender a mexer no Word ou comprar um PC nas Casas Bahia, antes disso, é preciso pensar de maneira digital. O pensamento que converge para uma nova maneira de ver o mundo e de encarar a realidade.
Não digo que é fácil ser digital, se você não nasceu no anos 90. Porém, será ainda mais difícil sobreviver “digitchaumente” no século XXI.
Pense a respeito: você é um ser digital ou digitchau?
Conrado Adolpho, empresário, publicitário, escritor e palestrante. Sua formação vem de faculdades de excelência como ITA e Unicamp.
Não raro, isso me acontece. Deparo-me com um cliente que não distingue um computador de uma sopa de cebola. Chamo de “ser digitchau”, em oposição ao que denomino de ser digital.
O ser digitchau ainda usa as Páginas Amarelas para procurar um fornecedor, grava suas músicas em fitas cassete, acha que PDA é um novo partido e usa o computador somente para escrever relatórios, maior avanço desde que aposentou a velha Lettera 37 da Olivetti.
O ser digitchau está fadado às piores previsões.
Era final de tarde quando minha cliente chegou. A reunião mal começara e, já nos cinco primeiros minutos de conversa, o comportamento digitchau veio à tona:“Conrado, vou renovar o meu contrato de R$2.500,00 mensais com as Páginas Amarelas e preciso de um site para colocar no anúncio.”
Todos os meus cyber neurônios entraram em uma catarse coletiva.
“Dona Takashi, a senhora fabrica as flores artesanais mais lindas que eu já vi. Com um bom site e um sistema de logística, a senhora não precisará nunca mais pagar R$2.500 por mês para as Páginas Amarelas para divulgar seu produto. Venderá para o mundo inteiro e aumentará seu faturamento em pelo menos umas cem vezes. O site das Flores online, por exemplo”, disse, iniciando uma batalha inglória que se travaria por longas quatro horas de argumentos e cases, “fatura mais de 9 milhões de reais por ano”
Não houve jeito, tive que dividir a minha insatisfação com as Páginas Amarelas. Ela, por fechar um contrato menor, de R$1.000 mensais. Eu por ver o meu cliente aproveitando tão mal seu investimento.
O fenômeno gerado pela nova economia, potencializada pela Internet, ainda não tocou a mente de algumas pessoas. Seus mundos analógicos simplesmente não conseguem suportar o novo padrão digital de comportamento, linguagem e maneira de fazer negócios.
Se você é um ser digitchau, a má notícia é que, se você não se mexer, e depressa, poderá perder mercado para concorrentes que podem estar, literalmente, na China e ainda assim estar mais perto do seu cliente do que você.
Tal qual um muro de Berlim, as noções de tempo e espaço caíram definitivamente por terra. Não existe longe, não existe perto. Não existe tarde, não existe cedo.
É claro que existe o copo meio cheio dessa história. A sua empresa também pode vender para qualquer lugar. Seja para Porto Alegre, Salvador ou...para a China.
Muitas empresas ainda não se conscientizaram que necessitam de, mais do que presença digital, precisam de posicionamento digital. Ou você tem um lucrativo e informativo website, implanta um eficiente e-business e usa a tecnologia a seu favor, ou não terá sequer o baralho para entrar neste jogo.
O mundo se torna cada vez mais digital e o que restará para os que não acompanharem essa evolução, em muito pouco tempo, não será muita coisa. Aos novos analfabetos digitais restarão os serviços operacionais: aqueles que serão executados, ou por robôs, ou por futuros desempregados.
A boa notícia é que ainda estamos no início desta tsunami cibernética. Ainda há tempo para pegar o bonde, ou melhor, para pegar o trem-bala dessa imensa revolução que está mudando todos os paradigmas vigentes e revertendo a ordem das coisas.
Em palestras de inclusão digital corporativa e em consultorias de marketing digital transmito uma mesma mensagem: o cerne da questão da inclusão digital não é aprender a mexer no Word ou comprar um PC nas Casas Bahia, antes disso, é preciso pensar de maneira digital. O pensamento que converge para uma nova maneira de ver o mundo e de encarar a realidade.
Não digo que é fácil ser digital, se você não nasceu no anos 90. Porém, será ainda mais difícil sobreviver “digitchaumente” no século XXI.
Pense a respeito: você é um ser digital ou digitchau?
Conrado Adolpho, empresário, publicitário, escritor e palestrante. Sua formação vem de faculdades de excelência como ITA e Unicamp.
Site: www.publiweb.com.br
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