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PB Que Dá Certo

Para prestigiar o meu amigo Irenaldo, e mostrar a todos que gostam do Blog do Cabra, mais um cabra da peste que está com seu negócio a todo vapor. E mais uma prova de que, temos que nos atualizar, Irenaldo se formou em Administração de empresas pela UFPB agora em 2009, coincidentemente estudamos juntos, é muito bom ver um amigo indo tão bem, e melhorar cada vez mais aplicando os conhecimentos adquiridos durante o curso. E eu posso garantir a qualidade dos rocamboles, principalmente que, a cada seminário apresentado nas disciplinas na universidade, Irenaldo trazia os seus produtos para uma degustação.... hummmm... E eu agora morando em natal não posso passar na Casa do Sertão para comprar mais algumas delícias regionais... Então vejam esta reportagem que saiu na impresa local da Paraíba.

Por Cecília Noronha

Doces receitas de futuro

Investir no potencial de trabalho é o lema da Casa do Sertão, que produz um dos rocamboles mais conhecidos da cidade de João Pessoa


"O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas", já dizia o teólogo inglês William George Ward (1812-1882). Religiosidade à parte, uma das qualidades empreendedoras do casal Irenaldo Xavier Marques e Telca Santos é justamente ter os pés no presente, mas os olhos bem no futuro. O lema deles é diagnosticar o caminho da saída nos momentos "cinzentos" para que isso possa facilitar a reviravolta. Há 21 anos o tamanho do empreendimento da dupla se resumia a um quartinho, localizado na residência onde moravam. Através da tal receita estratégica, hoje a Casa do Sertão produz um dos rocamboles mais conhecidos da cidade.


Do pequeno ambiente de 6 metros quadrados, o negócio passou a ocupar um imóvel inteiro e emprega atualmente 19 funcionários. A Casa do Sertão foi criada em 1988, com revenda de produtos derivados do leite e da carne de sol. Durante muitos anos, o dia para Irenaldo começava bem cedo, por volta das4h - horário em que ele tinha que ajudar a esposa a preparar canjica. Afinal, às 7h, a clientela já estava na porta da residência, comprando o produto para o café da manhã. "Eu era só o assistente da minha mulher. Ralava o milho e cuidava dessas coisas básicas. Ela (Telca) era quem realmente fazia as coisas e inventava as receitas", recordou.


"Nosso diferencial é porque usamos sempre produtos de qualidade. Mesmo que esse material seja mais caro" Irenaldo Xavier - Empresário

Essa luta diária começou depois que o casal se mudou de endereço para uma sede bem maior do que a primeira. Foi então que começaram a diversificar os produtos. Passaram, então, a comercializar alimentos embutidos, frios, bolachas, doces. Também foi o momento de iniciar a fase de produção de comidas típicas, nos meses de maio e junho, negociando pratos como pamonha e canjica. Quando tudo parecia ir bem, em 1998, a empresa passou por uma crise financeira. O que à primeira vista parecia ser a estagnação do empreendimento, se transformou na razão para crescimento. "As pessoas que são otimistas dizem que aquilo que acontece de dificuldade é para crescer. O pessimista acha que tudo vem para atrapalhar", comentou.

De fato, Irenaldo e Telca decidiram mudar o rumo do empreendimento. A fabricação de pamonha e canjica, que era de apenas por dois meses, passou a ser de inverno a verão. "Morávamos na parte de trás do imóvel. Então, alugamos outra casa e ampliamos o negócio, acrescentando um setor de pré-produção", lembrou o proprietário. A partir da mudança, o estabelecimento não parou de crescer. Passaram a fabricar várias linhas de bolo, sendo os pioneiros do tipo baeta, de milho e de macaxeira. Em 2000, foi a vez de nascer no local a linha de rocamboles, além de uma infinidade de bolos, como o mesclado, o inglês e o formigueiro.

Foi em 2004 que a loja foi reformada. Com visual novo, cresceu também a necessidade de aumentar a fabricação dos produtos da Casa do Sertão. A lista de produtos hoje é infinita, passando por coalhada, queijadinha, bolos típicos como os de batata-doce, Souza Leão, pé-de-moleque. "Os bolos correspondem a boa parte do que faturamos, ou seja, mais de 50%. Os rocamboles são o carro-chefe, sendo que só o de chocolate é responsável por 6% do nosso faturamento", comparou Irenaldo. "No segundo semestre do ano que vem, vamos começar uma reforma aqui, aumentando mais um andar. Lá em cima vai funcionar só a fábrica de rocamboles. Também pretendemos iniciar a produção do bolo de rolo, que é de Pernambuco", garantiu.

Atualmente, o casal ainda continua acordando cedo, mas agora às 5h30. Porém, dispõe de funcionários para ajudar no serviço. Para Telca Santos, a qualidade é a mola do sucesso. "O nosso diferencial é porque usamos sempre produtos de qualidade. Mesmo que esse material seja mais caro, nossos preços conseguem ser compatíveis com o mercado. Nós visamos a satisfação do cliente", ressalta.

Mesmo sem bola de cristal, Irenaldo continua de olho no futuro. Para ele, a dedução é fundamental para a manutenção do sucesso. "O que vai acontecer daqui a cinco anos? A Copa do Mundo. João Pessoa vai ficar no meio de duas cidades sedes do campeonato (Recife e Natal). Isso vai atrair clientes. E nós iremos abastecer o mercado", prevê. "Daqui há para lá, você me diz se eu estava certo", brinca.

Depois dessa previsão feita pelo proprietário da Casa do Sertão, ficou mais clara a intenção do empresário com o projeto da construção do primeiro andar, voltado à produção de rocambole e do bolo de rolo pernambucano. Bom, resta-nos "pagar" para ver. A reportagem esqueceu apenas de perguntar a Irenaldo se ele conseguia também prever qual país conquistaria o campeonato mundial de 1914. Se for o Brasil, imagine o que a criatividade desse casal vai ser capaz de inventar.

Fonte: http://www.jornalonorte.com.br/2009/08/09/pbquedacerto1_0.php

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