É interessante que ainda hoje seja comum ouvirmos estudantes ou recém-formados que optam por trabalhar em RH comentarem que escolheram esta carreira porque gostam de trabalhar com pessoas. Infelizmente também se torna bastante comum ouvirmos profissionais da área lamentar como algumas atribuições de seus cargos (às vezes muitas) estão distantes do que sempre buscaram.
Acho que estes desencontros vêm nos mostrar a importância de discutir o que tem mudado nos últimos anos e o impacto que isto tem no perfil do profissional de RH desejado pelas empresas. É preciso preparar melhor aqueles que estão iniciando suas carreiras, assim como alertar aos que ainda não se deram conta, de que apenas se interessar por gente não é suficiente para ter sucesso na área.
Apenas para exercitar tomemos como exemplo o recrutamento. As empresas, independente do porte, indústria e “papel que o RH ocupa”, normalmente querem de nós o melhor recurso, no menor prazo e ao menor custo possível. Bem, ao compararmos as expectativas de quem buscava a área de recrutamento e seleção há algumas décadas com o que se espera de um profissional desta área hoje, talvez fique mais claro o motivo da reflexão.
Optar pelo RH por gostar de testes psicológicos, de estar em contato praticamente o tempo todo com pessoas e por gostar do desafio de identificar o perfil correto à vaga pode ser boas razões para se trabalhar em recrutamento, mas não serão suficientes para atender as expectativas de vários empregadores. Se um profissional com estas ambições for trabalhar numa grande empresa com uma área de Recursos Humanos estruturada de forma a oferecer o melhor serviço ao menor custo há uma grande probabilidade de frustração...
É bem possível que ele nunca aplique um teste nem faça muitas entrevistas, provavelmente será muito mais valorizado para este cargo a capacidade de gerenciar fornecedores, a experiência com mídias modernas, um bom networking com escolas e universidades e, sem dúvida nenhuma, a capacidade de gerenciar alguns indicadores financeiros. Se for uma empresa global some-se aí a necessidade de participar de vários “conference calls” de acompanhamento, preparar bons relatórios e demonstrar constantemente que se tem a melhor relação custo x benefício.
E os testes, as entrevistas, o acompanhamento dos candidatos? Neste caso, sugiro ir trabalhar num dos fornecedores da grande empresa global acima.... Bem, mas caso queira crescer, também aí esteja preparado para apresentar outras qualificações, tais como a capacidade de atrair e reter clientes, fechar negócios com boas margens de lucro, identificar processos e sistemas que melhorem a produtividade. Ah, e não se esqueça que bons relatórios e gestão de indicadores financeiros serão solicitados...
Então quem quer trabalhar com gente não deve optar por RH? Claro que sim. Pois qualquer profissional que assume uma posição de liderança passa ter como uma de suas principais responsabilidades “lidar com sua gente”, e o RH ainda é a área responsável em preparar nossas lideranças para cumprir esta missão.
A reflexão que convido aos que querem ingressar em RH é que nas nossas jornadas profissionais muitas outras habilidades e capacitações serão exigidas além da “gostar de trabalhar” com gente. E, quanto melhor nos sairmos atendendo estas expectativas mais fortes nos encontraremos para fazer o que mais gostamos!
Fonte: http://revistavocerh.abril.com.br/blog/malena/
Acho que estes desencontros vêm nos mostrar a importância de discutir o que tem mudado nos últimos anos e o impacto que isto tem no perfil do profissional de RH desejado pelas empresas. É preciso preparar melhor aqueles que estão iniciando suas carreiras, assim como alertar aos que ainda não se deram conta, de que apenas se interessar por gente não é suficiente para ter sucesso na área.
Apenas para exercitar tomemos como exemplo o recrutamento. As empresas, independente do porte, indústria e “papel que o RH ocupa”, normalmente querem de nós o melhor recurso, no menor prazo e ao menor custo possível. Bem, ao compararmos as expectativas de quem buscava a área de recrutamento e seleção há algumas décadas com o que se espera de um profissional desta área hoje, talvez fique mais claro o motivo da reflexão.
Optar pelo RH por gostar de testes psicológicos, de estar em contato praticamente o tempo todo com pessoas e por gostar do desafio de identificar o perfil correto à vaga pode ser boas razões para se trabalhar em recrutamento, mas não serão suficientes para atender as expectativas de vários empregadores. Se um profissional com estas ambições for trabalhar numa grande empresa com uma área de Recursos Humanos estruturada de forma a oferecer o melhor serviço ao menor custo há uma grande probabilidade de frustração...
É bem possível que ele nunca aplique um teste nem faça muitas entrevistas, provavelmente será muito mais valorizado para este cargo a capacidade de gerenciar fornecedores, a experiência com mídias modernas, um bom networking com escolas e universidades e, sem dúvida nenhuma, a capacidade de gerenciar alguns indicadores financeiros. Se for uma empresa global some-se aí a necessidade de participar de vários “conference calls” de acompanhamento, preparar bons relatórios e demonstrar constantemente que se tem a melhor relação custo x benefício.
E os testes, as entrevistas, o acompanhamento dos candidatos? Neste caso, sugiro ir trabalhar num dos fornecedores da grande empresa global acima.... Bem, mas caso queira crescer, também aí esteja preparado para apresentar outras qualificações, tais como a capacidade de atrair e reter clientes, fechar negócios com boas margens de lucro, identificar processos e sistemas que melhorem a produtividade. Ah, e não se esqueça que bons relatórios e gestão de indicadores financeiros serão solicitados...
Então quem quer trabalhar com gente não deve optar por RH? Claro que sim. Pois qualquer profissional que assume uma posição de liderança passa ter como uma de suas principais responsabilidades “lidar com sua gente”, e o RH ainda é a área responsável em preparar nossas lideranças para cumprir esta missão.
A reflexão que convido aos que querem ingressar em RH é que nas nossas jornadas profissionais muitas outras habilidades e capacitações serão exigidas além da “gostar de trabalhar” com gente. E, quanto melhor nos sairmos atendendo estas expectativas mais fortes nos encontraremos para fazer o que mais gostamos!
Fonte: http://revistavocerh.abril.com.br/blog/malena/
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