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Cultura é a alma do negócio

Curso de ‘Gestão de Museus’ é o primeiro voltado ao tema no Brasil

Por Carolina Mazzi

Filas, exposições lotadas e alta procura. Museus nunca foram tão populares entre os brasileiros. E os números refletem o entusiasmo: de 2011 até 2014, o crescimento foi de 10% em unidades em todo o país. Atualmente são mais de 3.400 instituições, sendo 297 apenas no Estado do Rio de Janeiro.

Na capital fluminense, a empolgação é visível: são 140 museus, crescimento de 8% em relação a 2011. Apenas ano passado, três grandes instituições foram inauguradas na cidade. E, em 2014, já são seis novos empreendimentos, segundo o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

Há ainda a expectativa para a abertura das novas sedes do Museu da Imagem e do Som (MIS), em Copacabana, e do Museu do Amanhã, na Zona Portuária, o que deve acontecer nos próximos anos.

— O museu deixou de ser visto como um depósito de velharias e passou a ser um protagonista dentro da cena cultural, um local educativo, onde as pessoas se informam, se encontram e se divertem. É uma nova forma, mais moderna, de lidar com essa instituição cultural — afirma Angelo Oswaldo de Araújo Santos, presidente do Ibram.

Foi pensando no crescimento e na modernização deste mercado que a Universidade Cândido Mendes (Ucam), em parceria com o Museu de Arte do Rio (MAR), resolveu criar o MBA em “Gestão de Museus", o primeiro totalmente voltado ao tema no Brasil.

— A gestão de museu é complexa. Você precisa cuidar de tudo: acervo, exposição, bilheteria, programas culturais. Além disso, os museus se modernizaram. Hoje, precisamos de pessoas que possam inovar, criar círculos financeiros virtuosos, fidelização de clientes, atração de patrocinadores. Há uma grande demanda por esta mão de obra, sentimos falta desta formação no mercado — diz Rosane Carvalho, coordenadora de conteúdo do curso.

— A gente tem o curso de museologia, com vários focos, mas é tudo muito difuso. Este MBA vem suprir essa necessidade que é a gestão do museu enquanto organismo vivo, que depende de processos administrativos — acrescenta Tatiana Levy, gerente executiva do Museu Internacional de Arte Naïf e uma das professoras.

O MBA é direcionado para gestores de áreas multidisciplinares, como gestão e produção cultural, história, comunicação e ciências sociais, mas profissionais de qualquer formação superior podem participar do processo seletivo. Segundo Rosane, pessoas que já atuam na área e têm um conhecimento empírico da profissão podem se beneficiar.

Inicialmente, 40 vagas

Gabriela Brandão se encaixa no público-alvo do curso. Formada em produção cultural, ela precisou ir para a França para se especializar e comemora a criação do programa aqui.

— A formação é interdisciplinar e, além do aporte teórico, é importante conhecer as questões práticas, como doação e modalidades de empréstimos, questões ligadas a conservação preventiva e manutenção das reservas, por exemplo — analisa.

As inscrições para as 40 vagas do MBA em Gestão de Museus podem ser feitas até esta terça-feira, dia 30. O processo consiste em análise curricular e entrevista.


Fonte da imagem; Clique aqui

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