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Os 10 Pensamentos Mais Tóxicos Para a Carreira

Confira modelos mentais prejudiciais e destrutivos à carreira de muitos profissionais, segundo três especialistas consultados

Por Camila Pati

Quando o resultado almejado na carreira não é atingido é que a gente para e pensa: há algo errado aí. Mas grande parte das pessoas fica apenas com a análise dos aspectos mais concretos: a promoção que não veio ou o fracasso como chefe, as oportunidades que nunca bateram a sua porta, a demissão inesperada. 

E, muitos não atentam para o fato de mecanismos de pensamento, modelos mentais, estarem por trás de seus fracassos de carreira.
“O modelo mental sustenta comportamentos ou pensamentos que, por sua vez, vão sustentar os resultados”, explica Renato Curi, sócio e consultor da Crescimentum, que é especialista em modelos mentais.

Alguns pensamentos que, em última instância, se reproduzem em comportamentos são verdadeiramente tóxicos para carreira e respondem por grande parcela do que está dando errado na vida profissional.

EXAME.com conversou com três especialistas para saber os pensamentos (que invariavelmente são traduzidos em ações) mais destrutivos para a carreira. Confira:

1 “Quem sou eu para mudar as coisas aqui nessa empresa?”

Com uma cultura e uma estrutura muito mais fortes, não há o que fazer para resolver os problemas. Assim, sob este pensamento, o profissional se apequena por acreditar, de antemão, estar de mãos atadas.

“O impacto deste modelo mental consiste em profecia autorrealizável. Quem a profere dá um jeito de atingir o resultado que já era a sua expectativa”, diz Curi.

Isso porque, o profissional fica na passividade, não arrisca, não coloca ideias, e, por fim, nunca consegue mudar nada muito menos resolver problemas da organização.

2 “O próximo passo só pode ser a cadeira de chefe”

Só tem sucesso na carreira profissional quem assume posição de liderança. Para Ernesto Haberkorn, sócio fundador da TOTVS e diretor da TI Educacional, este é um pensamentos mais destrutivos para quem não tem perfil de liderança.

“Com o objetivo de ganhar mais, a pessoa tenta ser chefe quando não tem vocação para isso. Acontece muito com vendedores”, diz Haberkorn.

O resultado é o fracasso na posição de chefia, que pede habilidades distintas daquelas que fizeram com que o profissional se destacasse.

“Por isso, nas nossas empresas adotamos a promoção em Y”, diz ele citando o sistema de promoção que permite duas opções de ascensão profissional – gestores e especialistas –, ambas com o mesmo grau de importância.

3 “Treinamentos são perda de tempo, eu já sei”

A relutância em participar de treinamentos pode estar ancorada em más experiências passadas. E assim o pensamento “já sei de tudo, é perda de tempo” se cristaliza. “A pessoa vai ficando desatualizada, não evolui e é substituída”, diz Haberkorn.

4 “Quando eu assumir a liderança, aí sim, ninguém me segura”

Hoje não é possível fazer nada, mas quando tiver poder, tudo vai ser diferente. “Quem pensa assim entende que é o contexto atual que não o deixa agir”, diz Curi.

Se fosse o dono, se fosse o chefe. Quando for o dono, quando for o chefe. “O impacto disso é que esse dia nunca chega”, diz Curi. 
Não chega porque a pessoa é passiva, “espera sentada” e assim não cria as oportunidades. “O ideal é agir como se já fosse, como se já estivesse na posição”, lembra o especialista.

5 “Não sou capaz”

Segundo Eliane Figueiredo, diretora presidente da Projeto RH o sentimento de menos valia, resultado da baixa autoestima atrapalha bastante. “A pessoa pensa não ser capaz e acha que as outras pessoas são melhores do que ela”, diz .

6 “Ninguém faz tão bem quanto eu”

Este tipo de pensamento é um dos que mais prejudica quem assume a posição de liderança. Postura centralizadora é seu principal impacto.

“Revisando cada vírgula, refazendo relatórios, o profissional vai passar a maior parte do tempo realizando tarefas dos subordinados com a falsa ideia de que o jeito dele de fazer é melhor”, explica Curi.

Fazendo isso, deixa de liderar, não tem tempo de treinar e formar pessoas. “Isso atrapalha a formação de sucessores”, diz Curi que atribui também a este tipo de comportamento o tão comentado apagão de talentos.

7 “Eu sou excelente, o que me falta é oportunidade”

Quando o ritmo de evolução profissional na empresa não acompanha os colegas de trabalho, o sentimento de vítima perturba. 
Sou ótimo, mas não tenho oportunidade, acreditam muitos profissionais estagnados. “A pessoa não acha que é valorizada e não vê sua responsabilidade dentro da situação”, diz Eliane Figueiredo, da Projeto RH.

A culpa é do outro e o profissional é menos protagonista e muita mais vítima dos rumos indesejados de sua própria carreira. “Não consegue perceber sua parcela de responsabilidade, não toma as rédeas da carreira”, diz Eliane.

“Seria melhor se acreditasse melhorar a cada dia e que é capaz de construir as próprias oportunidades”, sugere Curi.

8 "Eu não merecia, por que isso aconteceu comigo?!!!”

O problema surge e com ele o nervosismo paralisante. Ai meu Deus do céu, por que isso foi acontecer comigo? Eu não merecia!!
Está armado o cenário caótico. “A pessoa fica se lamentando e analisando o problema de tal forma que isso toma conta de todas as suas energias”, diz Eliane.

Sem ação por conta do desconforto emocional, a solução não vem. “No nervosismo a pessoa não enxerga o que está a sua frente”, diz a especialista. A dica é mudar de foco, do problema para a solução, de acordo com ela.

9 “Eu não posso errar”

O eterno pavor do erro. Entendê-lo como abominável deixa o profissional que falha completamente abalado.
“A pessoa não percebe o erro como oportunidade para aprender”, diz Eliane lembrando que muitas descobertas aconteceram a partir de algo que deu errado.

10 “Eu faço para ser reconhecido”

A motivação é externa: elogio, parabéns, reconhecimento. “Se o profissional faz algo esperando reconhecimento e ele não vem, fica frustrado”, diz Eliane.

Com a competitividade em alta nas organizações, cumprir a meta, por mais arrojada que ela seja, não passa de uma “obrigação”. Por isso a motivação deve ser interna. 


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