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Meu Chefe Não Sabe Delegar

“No começo, achava que era uma questão de tempo. Assim que ganhasse confiança em mim, meu chefe daria mais atribuições e permitiria meu crescimento aqui na empresa. Hoje, sei que isso não vai acontecer.” É com esse desânimo que a publicitária mineira Maria Carolina Vieira lamenta o fato de ter um gerente que não sabe delegar.

De acordo com Wilson Roberto Lourenço, sócio-diretor da Compass Consult, especializada em análise de carreira, essa postura de retrabalho não é interessante para a empresa. “Nenhuma companhia será suficientemente rápida se os que ocupam cargos de liderança tendem a centralizar e a fazer tudo por si mesmos”, diz.

“O líder precisa ter a preocupação de desenvolver a equipe. Deve conversar com o funcionário e verificar quais novas funções ele pode assimilar, aos poucos”, explica Lourenço. “Não é para delegar o que é mais estratégico”, complementa.

Segundo o consultor, é preciso superar a barreira de achar que a equipe não fará algo tão bem quanto ele. Isso pode soar, de certa forma, presunçoso. Mesmo que ocorram erros, o gestor precisa “soltar” o funcionário. É como ensinar o filho a andar de bicicleta. “É a equipe dele, o mérito também será dele.”

Há quem acredite que a dificuldade de delegar esteja associada a insegurança. Para o consultor Sergio Diniz, do Sebrae, é bobagem pensar que está cedendo espaço. Não é preciso ter medo de perder a posição para outra pessoa. “A organização vai valorizar alguém que treina tão bem os subordinados. Além disso, quando ele libera espaço na própria agenda, consegue acolher outras rotinas, e crescer também.”

Blefar, não! – Para resolver a situação, Lourenço diz que, de início, dizer que o chefe não está preocupado com seu desenvolvimento profissional não é adequado. “É uma cartada muito forte. Aconselho a pedir a intervenção do RH somente depois de esgotar todo o diálogo. É melhor mostrar que você pode ser útil.” Ele comenta que, depois de esgotar todas as possibilidades, convém buscar transferência interna ou considerar uma nova oportunidade em outra empresa.


Como abordar o chefe centralizador


De acordo com Wilson Roberto Lourenço, da Compass Consult, existem algumas maneiras de tocar no assunto com o supervisor imediato sem que ele se sinta um chefe ruim ou ameaçado, o que pode tornar a situação ainda pior. Confira algumas sugestões:

Para desafogá-lo – A intenção é ajudá-lo e, ao mesmo tempo, ganhar a confiança em novas atividades. “Você vai se sentir bem por fazer coisas diferentes e ele não vai achar que você está ‘pegando’ o lugar dele.” Comece o discurso da seguinte maneira: “Estou percebendo que você está envolvido em outras tarefas extremamente importantes e estratégicas para a companhia. Que tal se você me transferir tal obrigação, que é mais operacional? Assim, pode se dedicar integralmente ao que vem fazendo”.

Para deixar claro – “Você não gostaria de me explicar, por 15 minutos, tal função?” Assim, de maneira direta, você diz que quer assimilar obrigações. “Não funciona sempre, mas perguntar sem rodeios faz com que o gestor, dado o efeito surpresa, tenha dificuldades em falar não ou se esquivar”, esclarece o consultor.

Para ganhar espaço – “Tenho feito tais atividades há determinado tempo. Você não acha que posso me envolver em áreas mais complexas?” É a maneira educada de dizer que precisa de novos desafios, já que os atuais já foram superados.

Para dar suporte – “Estou percebendo que fulano está fazendo tal coisa. Você permite que eu o ajude?” Dessa forma, você oxigena a carreira sem entrar na linha de frente da batalha por uma nova tarefa.


Fonte: IG com Ascom do Senac Paraíba

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2 Comentários

Anônimo disse…
Adorei a matéria, pois tenho uma chefe, digamos...sem muito controle emocional e totalmente desorganizada, através desta matéria vi que muitos pontos expostos são completamente a forma que ela age, conosco, mas talvez seja a hora de procurar uma nova instituição. Pois as vezes achamos que o problema talvez fosse a gente. Mas com o decorrer vimos que isso não é verdade.
Anônimo disse…
Também tenho uma chefe que não sabe dialogar, é uma mulher irônica, sarcástica, e não sabe ser clara e objetiva. Trabalho a pouco mais de um ano na empresa, e este tempo se tornou cansativo, pois todo é um mais estressante que outro, pois ela enrola para tomar decisões que podem ser tomadas até pela faxineira, pois tudo para ela é problema.
É um trabalho bom, sossegado, mas só quando ela não esta presente.
Estou em busca de uma nova empresa, mas ultimamente esta difícil, então, tenho que permanecer por mais tempo.