Por Daniel Domeneghetti
Mais do que uma nova forma de fazer o que se sempre se fez, o informarketing será um modelo diferente de fazer coisas novas! Esse é o mais recente conceito que proponho, como estrategista, para sua reflexão e análise. O informarketing não é uma nova roupagem para a tradicional metodologia de se fazer marketing. É, por si só, um conceito de marketing totalmente baseado no domínio e no tratamento inteligente e interativo da informação.
A corrente não é simplesmente uma ferramenta. É uma nova forma de business que integra de maneira racional as facilidades e possibilidades geradas pela tecnologia da informação e o avanço das comunicações à forte concorrência e imposições racionais de resultados impostas atualmente às estratégias de marketing.
A partir desta afirmativa, podemos então definir o informarketing como o sistema de planejamento, gestão e comunicação mercadológico mais adequado às tendências socioeconômicas e culturais que se verificam nos dias de hoje, e que se presumem verdadeiras no futuro próximo. Ele é também o suporte tecnológico e de informação presente na própria empresa e na constelação de stakeholders que a cerca, sendo utilizado pelo marketing de forma dirigida e voltada para resultados imediatos, seja no mundo físico, seja no mundo virtual.
Certamente, no curto prazo, a mídia, rede de comunicação, mais capaz de servir como meio para o exercício do informarketing por uma empresa, será a internet. Mas com a evolução assustadora das capacidades móveis e da convergência digital, celulares, PDAs, TVs, dentre outros meios, são campos abertos para a prática. E, se isso é verdade na internet tradicional, com a Web 2.0 e o consumidor 2.0, a tendência passa a ser verdade exponencial.
Podemos dizer que os mercados atuais operam em equilíbrio dinâmico; ou seja, a cada nova interação entre os agentes operantes se cria um novo patamar de equilíbrio mercadológico, diferente do anterior. A cada degrau, variáveis novas aparecem, novos comportamentos se ascendem, velhos paradigmas ficam para trás. Esse novo mercado não é estático, não é perene e muito menos não tem dono, somente atores. O equilíbrio das forças é derivado direto do poder de cada ator e do poder dos grupos (permanentes ou temporários) formados por esses atores – que representam interesses diversos, modus vivendi e modus operandi diversos. Por isso, é tão dinâmico, tão mais potencialmente democrático e tão atrativo e, ao mesmo tempo, arriscado.
Todos nós sabemos que as redes de informação – que antes estavam confinadas à proximidade física – agora ficaram globais e intermitentes por conta da internet. A grande rede é, no fundo, uma mega arquitetura mutante, pseudo-desorganizada, de computadores, tablets, celulares, smartphones, TVs e demais devices com acesso à rede. O mundo do IP determinará o novo padrão das trocas entre as empresas e seus stakeholders – principalmente clientes e consumidores – sejam essas trocas de informação e recursos, sejam transações mesmo. Aumentam-se assim as possibilidades por enaltecer a instantaneidade e a riqueza informacional. Pesquisar, checar, informar, ofertar, requisitar e comparar são tarefas mais fáceis, mais possíveis a cada ator.
A informação é o recurso básico dessa nova economia, na qual transforma tudo em conteúdo de produtos e conhecimento ao capital financeiro, que migra a todo segundo de transferência eletrônica a transferência eletrônica em formato de informação. Tudo que pode ser transformado em bit pode ser considerado informação.
Esse fluxo infinito de subsídios tem custo relativo baixo e alto valor – valores diferentes para agentes econômicos que não são iguais em momentos e ocasiões diferentes. A informação de valor a um agente é aquela capaz de ser processada, de ser entendida, tratada, trocada e armazenada. Tudo que puder estar online estará. Relógios, roupas, óculos, eletrodomésticos, eletroeletrônicos... tudo poderá trocar informação, via rede, com os outros devices servindo a outros atores.
Nossa leitura é que as empresas – aparentemente fornecedoras e usuárias dessas informações – agentes de interação pontual com a rede, serão, cada vez mais, nós integrantes online desta rede.
Essa nova empresa hiperdigital terá acesso instantaneamente à informação, captando-a, traduzindo-a, disseminando-a, mas principalmente, criando novos conteúdos, gerando conhecimento, deixando suas pegadas, tornando-se, ela própria, informação. E isso também valerá para o usuário 2.0, artífice desta evolução, que é também o consumidor 2.0, o acionista 2.0, o funcionário 2.0, o ex-funcionário 2.0, o blogueiro 2.0.
Dessa forma, o marketing (as we know it) será informarketing. Quanto mais evoluída a Web (2.0, 3.0, N.0), mais essa tendência se tornará verdade irrefutável. Sem dúvida estamos migrando para essa realidade. E quando isso ocorrer de fato, toda uma nova economia, com novos mercados e com novos valores e práticas brotarão. Muitos dos que hoje dominam, morrerão e terão cumprido seu papel de ponte darwinista mercadológica entre o passado e o futuro. Alguns sobreviverão e, acima de tudo, inúmeros outros nascerão.
Fonte: www.mundodomarketing.com.br
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