Confira oito dicas para se destacar na empresa e subir de nível naturalmente
POR BARBARA BIGARELLI E ISABELA MOREIRA
Mudar de nível, subir na hierarquia ou ganhar novas funções e prestígio é o desejo de muitos profissionais. Mas como trabalhar de modo que a promoção seja um resultado natural? Época NEGÓCIOS conversou com especialistas para descobrir quais atributos são essenciais para se destacar na empresa e como lidar com a ansiedade que sempre surge em momentos de crescimento profissional.
Saiba agir diante de conflitos: Profissionais que apresentam uma competência para a identificação e solução de problemas sempre se destacam dentro das companhias, afirma Renata Wright, gerente-executiva da Michael Page. É importante tornar-se uma referência positiva para todos aqueles que trabalham para você, aponta a especialista.
Conheça suas deficiências e qualifique-se: Não basta querer assumir um novo cargo: é necessário estar preparado para fazê-lo, afirma Lidiane Bertê, consultora de gestão estratégica de pessoas. Para evitar riscos, a especialista sugere que o profissional busque conhecer melhor as suas deficiências e a si mesmo, além de investir em sua qualificação, "para ter base para aproveitar as possibilidades que surgirem".
Conecte-se ao negócio: Saiba trabalhar em equipe e projetar-se no plano de negócios da empresa. "Olhe a trajetória da sua empresa e pense onde você poderia ajudar a sua empresa a atingir os objetivos. Engaje os seus colegas e busque uma forma de todos trabalharem por um objetivo em comum", afirma Renata.
Mostre resultados: Uma promoção significa um novo cargo, mais funções e responsabilidades, portanto, é necessário que o profissional saiba “demonstrar que está dando conta do trabalho na sua atual função”, diz Lidiane. “Não adianta querer uma posição melhor sem ter nada para mostrar. Estar acima da expectativa, com um desempenho acima da média, é primordial”, afirma Mario Persona, palestrante, professor e consultor de desenvolvimento profissional.
Seja certinho, porém flexível: Em toda a empresa, há aquele funcionário exemplar: bate ponto no horário e executa muito bem as suas tarefas individuais. Mas, será que ele se destaca? Para os especialistas, a resposta dependerá do ambiente profissional, mas uma promoção sempre envolverá sair da zona do conforto e é mais certa quando o profissional vai além do que lhe foi pedido. “Quem acha que entrar e sair no horário certinho e fazer seu serviço é o suficiente não será visto dessa forma”, afirma Persona. Para Renata, em ambientes cada vez mais competitivos e no cenário de aquecimento do mercado, “mirar 110% é o ideal para se destacar”.
Isso não quer dizer que não há espaço para os “certinhos”, no entanto. Segundo Lidiane, as equipes não dispensam esse tipo de profissional – que é sim útil no dia a dia. “É preciso haver equilíbrio de perfis. Ter somente pessoa que querem crescer é um problema para a estabilidade da empresa." A dica da consultora é não acomodar-se e continuar praticando do melhor modo o trabalho.
Faça o seu marketing pessoal (sem exagero): Networking é tão importante quanto realizar um bom trabalho, afirmam os especialistas. Estar em contato com gestores, apresentar resultados e mostrar a importância de um trabalho é essencial no mundo corporativo. “Um profissional que enxergar a empresa como emprego está errado. A empresa é o seu cliente. Existe uma cadeia de valor dentro da empresa, todos são clientes e fornecedores”, defende Persona.
Controle a ansiedade: “Querer crescer dentro de uma empresa é importante e as empresas buscam pessoas assim. O perigo é se afobar nesse processo”, afirma Lidiane. Para a especialista em gestão profissional, é necessário completar um ciclo dentro da empresa antes de procurar por uma promoção. “É bom ter ambição, mas é importante saber que tudo há um tempo para acontecer. Do contrário, o funcionário corre o risco de entrar e sair de várias empresas - o que pode prejudicar sua carreira”, explica.
Ansiedade nesse momento pode ser até prejudicial, afirmam os especialistas. “Não existe momento certo para a promoção. Se você está realizando um bom trabalho, é comprometido e isso se reflete em resultados a promoção virá naturalmente”, diz Renata Wright, gerente-executiva da Michael Page. Segundo Renata, a responsabilidade de uma promoção é 50% do funcionário e 50% da empresa. “Se você precisa explorar a promoção como objetivo do seu trabalho, é porque você não está conseguindo mostrar o que fez."
Saiba gerir o seu tempo: É fato que a divisão entre tempo para a vida pessoal e profissional é cada vez mais tênue. No entanto, é importante não deixar uma interferir na outra. “Saber delimitar tempo dedicado ao pessoal e ao profissional mostra a capacidade de gestão, qualidade da qual as empresas gostam muito”, diz Lidiane. As empresas e os gestores têm conhecimento de que assuntos pessoais inevitavelmente vão ocupar espaço no dia a dia do profissional. "Se for algo esporádico é natural e não há problema. Mas, se torna-se uma constância a ponto das pessoas repararem, isso se tornará uma âncora na sua carreira", afirma Renata.
Analise o momento da empresa: "As boas empresas dificilmente perderão um talento", afirma Renata. Mas às vezes aquela não é a hora ideal. Há diversos fatores que podem influir na promoção - e que não dependem necessariamente do gestor do funcionário. "É preciso pensar como o dono e analisar se aquele é um bom momento para a empresa ou se o mercado está se desacelerando", afirma Renata. Estude o contexto e tenha uma visão ampla. "Se não for um bom momento, talvez seja melhor esperar antes de pensar em trocar de emprego", afirma Lidiane.
A promoção não veio e agora?
Se você acredita que o motivo é pontual, procure o gestor para buscar uma solução, afirma Renata. "Mas sempre aja com cautela e nunca com agressividade ou tom de cobrança", adverte. Além disso, ter um plano B é importante em todos os momentos profissionais. De acordo com Mario Persona, antes de olhar para fora, uma boa saída é procurar por posições equivalentes em outros setores da empresa, de forma a garantir uma promoção sem ficar mal com o chefe. O momento de transição “tem que ser bem pensado, dependendo da área pode ser arriscado”, diz Lidiane.
Fonte: EPOCA NEGOCIOS
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