Autor: Nathaly Bispo
É sabido que o povo brasileiro é bastante conhecido por sua alegria, pelo otimismo, por construir sua vida com muito trabalho e não desistir facilmente de seus objetivos, e essas características refletem também na forma como os brasileiros veem as oportunidades e como lidam com a ascensão de carreira.
Um apontamento realizado pelo Ibope Inteligência para a consultoria Stanton Chase International, revelou que o trabalhador brasileiro valoriza mais o bem-estar no ambiente do trabalho do que as perspectivas de crescimento da carreira e o próprio salário. A pesquisa comparou o comportamento do profissional brasileiro com o de outros países da América Latina.
“Basicamente, o que ela diz é que o trabalhador brasileiro coloca em primeiro lugar na hora de decidir por uma oportunidade de emprego, ou mesmo pela permanência numa empresa, o bem-estar no ambiente de trabalho. Esse bem-estar significa fazer o que gosta, saber muito bem o que o cargo exigirá dele e ter uma boa relação com os superiores. Os chefes centralizadores e que tomam decisões sem explicações, não são aceitos”, enfatiza a consultora Andrea Sobben, que analisou a pesquisa.
Entretanto, o estudo é cheio de paradoxos. Ao mesmo tempo em que ele diz que o brasileiro coloca a remuneração em terceiro lugar no ranking de importância na hora de escolher um emprego ou permanecer na empresa, também afirma que esse mesmo trabalhador não aceita trabalhar horas extras sem remuneração.
“A razão das possíveis distorções da pesquisa é que ela ouviu principalmente trabalhadores mais jovens. 43% dos entrevistados estão na faixa até 24 anos, que ainda não atingiram a maturidade profissional”, observa Andrea.
Outro dado importante é que 22% dos profissionais na faixa de 25 a 29 anos já estão ocupando cargos gerenciais com apenas 5 anos de atuação no mercado. Esse dado também reflete a realidade do mercado de trabalho brasileiro, que cresce além da oferta de mão-de-obra e que demonstra despreparo na formação de líderes.
Será que esses novos gerentes estão realmente preparados para assumir suas responsabilidades?
“Não falamos realmente o que pensamos. As variáveis que determinam as respostas são inúmeras e os resultados jamais podem ser generalizados”, finaliza a consultora.
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