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As lições do futebol para a gestão de equipes

A maneira de lidar com talentos dentro de campo pode ensinar lições valiosas para administrar seus funcionários

O futebol e demais esportes têm seus próprios métodos de gestão de atletas, mas alguns conceitos podem ser levados para dentro das empresas e ajudar na administração de talentos. Selecionamos as principais dicas do diretor executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro, do diretor da Agência Ideal, Fabio Kadow, e do ex-jogador e empresário Oscar Bernardi. Eles debateram o tema "Gestão de Talentos" no Insights Época NEGÓCIOS da última segunda-feira (05/05), no Museu do Futebol, em São Paulo. Confira:

Liderança
“Ser líder não é querer que as pessoas sejam iguais a você, é fazer com que todos desempenhem seu papel em prol de um objetivo em comum. Cada um com a sua característica”, diz Brunoro, que dirigiu a seleção brasileira de vôlei, a carreira do piloto brasileiro Pedro Paulo Diniz na Fórmula 1 e, atualmente, o Palmeiras.

Lembrando do time palmeirense do final dos anos 90, campeão da Copa Libertadores e bicampeão brasileiro, ele afirma que existia esse conceito: “Todos eram diferentes individualmente. Acabava o jogo e cada um ia pra um lado. Mas, dentro de campo, eram amigos e estavam unidos em busca de um objetivo comum.”

Conhecimento
O segundo pilar apontado pelo dirigente esportivo é a postura exemplar do líder quando o assunto é habilidade técnica. “A primeira coisa que as pessoas que trabalham pra você vão reparar é se você conhece sobre o assunto. Às vezes, naturalmente somos líderes pelo conhecimento, porque as pessoas precisam nos olhar e se sentir seguras das atitudes que elas estão tomando.”

Transparência
Um grupo unido, focado no objetivo principal, precisa de um ambiente transparente: “Caso aquele craque tem algum tipo de ‘regalia’, ele só tem aquilo pelo que conquistou. Então, aquele menino mais novo tem que entender isso, como esse processo funciona”, afirma Brunoro.

Esclarecer a filosofia do clube/empresa
Na mesma linha, Oscar Bernardi garante que todos devem saber claramente quais são as regras: “O jogador que vem pra uma nova equipe precisa saber como as coisas funcionam dentro da organização. A empresa ou o clube devem estar sempre acima de quem trabalha nela. Só assim se consegue o sucesso.”

Rodízio e possibilidade de ascensão
Por outro lado, a possibilidade de crescimento dentro da organização também precisa ser vislumbrada por todos. “Qualquer funcionário pode chegar ao topo da empresa, sempre deve haver uma possibilidade de subir na hierarquia de acordo com um determinado período de tempo”, diz o ex-zagueiro do São Paulo e da seleção brasileira.

Conquiste a confiança
“Uma das maiores dificuldades é pegar o cara que joga pra caramba e convencê-lo de que, sim, é importante também ter um trabalho de imagem. Então, conquistar essa confiança do atleta é um trabalho primordial: eu não estou no campo com você, mas jogo contigo fora dele”, diz o publicitário Fabio Kadow, que trabalha com o craque Neymar, do Barcelona e da seleção, além de nomes de peso como o lutador Anderson Silva e a surfista Maya Gabeira.

Kadow explica que essa resistência é aplicável às empresas, como quando é necessário um treinamento, por exemplo: “As pessoas mostram-se resistentes a ouvir quem sabe mais sobre um determinado assunto por dominarem suas respectivas áreas.”

A melhor publicidade é a performance
Se alguém não joga bem, é metade do caminho na contramão de qualquer imagem positiva externa ou interna. “Esse ponto de equilíbrio é a chave para o sucesso: o primeiro ponto é o desempenho, o segundo é a imagem. O Cristiano Ronaldo, por exemplo, tem esse equilíbrio: está jogando no ápice e trabalhando a sua imagem ao mesmo tempo”, diz Brunoro. Dentro das empresas, é possível ver os funcionários da mesma maneira. É necessário entregar resultados antes de qualquer coisa.

Seja um líder consultivo
Brunoro afirmou que procurava consultar sempre seus jogadores quando técnico de vôlei: “Apresentava todo o plano tático antes da partida e falava: ‘Vocês querem mudar alguma coisa?’. Na quadra, eles têm dificuldades que eu, como treinador, não teria e não enxergaria. Então eu reunia todo mundo e pedia a opinião deles.”

Cuidado para não mimar jovens talentos
Quando um atleta é considerado prodígio, ele pode adotar uma postura "mimada", segundo Oscar Bernardi: “Jogador no Brasil é muito mimado. Qualquer coisinha que acontece, ele vai à diretoria e reclama. Tem que ter pulso forte do diretor e da comissão técnica, fazê-lo entender como funcionam as coisas no clube e até onde vai o limite dele”.

Muitas vezes, entretanto, o comportamento é influenciado pela forma como ele é tratado na organização. “Alguns [são mimados] sim, mas não sei se nascem mimados. Às vezes, o ambiente o torna mimado. Mas não é culpa só dos atletas: tem gente pagando, passando a mão, fazendo uma porção de coisas para eles”, afirma Kadow.


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