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Sinais de Que Você Está no Emprego Errado

Autor: Samara Teixeira

Com a chegada de 2014 a busca por renovação torna-se inevitável, e uma primeira atitude é identificar a presente situação profissional. Muitas vezes esperamos crescer dentro de uma companhia, no entanto, nem sempre estamos no lugar certo.

Segundo Sílvio Celestino, sócio fundador da Alliance Coaching, palestrante e autor do livro “Conversa de Elevador”, o primeiro sinal que o profissional deve observar para identificar que está no emprego errado é quando ele não possui energia para resolver os problemas que fazem parte de sua rotina. “Por exemplo, um vendedor sentir-se estressado toda vez que precisa fazer uma proposta comercial. Ou quando a pessoa perde o ânimo e está bem de saúde. Ou seja, os primeiros sinais são aqueles nos quais há uma forte identificação de que a pessoa se sente muito melhor fora do que no trabalho”, explica.

Já para Luciana Tegon, sócia-diretora da Consultants Group by Tegon, outros sintomas comuns em um profissional desmotivado é a impaciência, falta de cortesia com os colegas, tédio no desempenho das suas atividades, frequentes momentos de distração, trabalhar ligado no “automático”, queixar-se com muita frequência de seu trabalho entre outros. “Em resumo, quando acordar para ir ao trabalho parece um ‘castigo’ e você sonha com os finais de semana. Está em dúvida ainda? Tente se lembrar de quando foi a última vez que foi elogiado pelo chefe ou pela equipe por um trabalho excepcional que você fez. Não lembrou? Mau sinal!”, ressalta Luciana.

Para Luciana, uma alternativa para driblar a frustração antes de conseguir uma nova oportunidade é racionalizar que se a decisão é de mudar de emprego. Isso pode não acontecer no tempo que se espera e enquanto isso é necessário esforçar-se para cumprir adequadamente as responsabilidades.

“Lembre-se que as referências que serão dadas de seu desempenho futuramente são muito importantes e agir corretamente até o último dia de trabalho é imprescindível para deixar sempre portas abertas por onde passar. O mundo empresarial é pequeno, algumas áreas são muito fechadas e todos se conhecem. Uma má atuação, mesmo que no final do contrato, podem deixar marcas difíceis de apagar e imprimirem no profissional uma imagem negativa que pode prejudicá-lo em futuros processos seletivos”, enfatiza a sócia-diretora.

Sílvio Celestino afirma que a dúvida gera muito estresse, angústia e ansiedade. “A causa disso é que o profissional tem dificuldade em se ver fora de sua área de atuação. A solução está em imaginar qual futuro lhe é inspirador e fazer as ações para implementá-lo de forma consciente”, conta.

O especialista aponta medidas fundamentais para mudar a situação, sendo que, em primeiro lugar a pessoa deve pensar em qual seria a nova atividade para a qual se sente motivada. Para isso deve responder três perguntas: “Quais ambientes gosto de frequentar?”; “Quais assuntos são mais interessantes para mim na esfera profissional?”; “Com quais pessoas gostaria de conviver?”.

“Em seguida, verificar se possui alguma reserva financeira e se sua saída do emprego pode impactar outras pessoas (família principalmente). Se as reservas financeiras são para ao menos 3 anos e não houver impacto, então a saída que pode ser feita com mais tempo é pensar em um curso em uma nova área e somente depois mudar. No outro extremo, alguém sem reservas financeiras ou com a família dependendo de sua renda, terá de fazer um plano de mais longo prazo para sair”, explica Celestino.

Como é possível solicitar uma transição de carreira?

Segundo Celestino, tudo dependerá do porte e da cultura empresarial, se a empresa é de grande porte e sua cultura aceita essas trocas de posições, o caminho natural é ter uma conversa com o chefe ou com o RH e explicar a intenção. Já em estruturas menores ou culturas muito rígidas, o profissional terá de encontrar sua nova carreira em outra organização. “A menos que você esteja em uma companhia pequena, mas com forte crescimento, nesse caso é possível que ela aceite sua troca de carreira. Em qualquer dos casos o profissional terá de mostrar muita capacidade para fazer essa mudança”, conta Sílvio.

O que o profissional deve avaliar antes de aceitar uma nova proposta?

Para Luciana, avaliar uma proposta é sempre analisar um risco do novo emprego não satisfazer as expectativas. Para não errar na escolha, avalie primeiramente qual foi sua interação inicial com seu gestor direto. Você gostou dele, sentiu empatia e identificação de objetivos com ele? Caso positivo, siga avaliando o desafio proposto, se você tem todas as ferramentas para performar satisfatoriamente, oportunidades de crescimento, pacote de remuneração, incentivo a estudos e aprimoramento profissional, oportunidade de intercâmbios para outros países e distância diária a ser percorrida especialmente se estivermos falando de 30 minutos a mais do que seu atual emprego, pois é sabido que longas distancias percorridas não estimulam a permanência do profissional na empresa em médio prazo – a qualidade de vida acaba falando mais alto.


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