Pesquisas apontam que esta característica cognitiva pode ser aprendida e treinada
Os profissionais que acreditam que seu bom desempenho dependem apenas da racionalidade, estão enganados. A capacidade de tomar decisões, entrosamento com a equipe, confiança mútua e participação ativa são condições essenciais para equipes de alto rendimento. Mas não depende só da vontade das pessoas: envolve a ação de várias áreas do cérebro que não apenas pensam, mas também se emocionam.
Emoção e razão. Produtividade e adversidade. Unir estes pontos não é tarefa fácil, mas uma palavra que veio da física tem se mostrado uma das características mais importantes do século 21, a resiliência. “No dia a dia, a resiliência significa a capacidade da pessoa passar por situações críticas e se recuperar, sem se deprimir ou reduzir sua produtividade.
É ter bagagem emocional adequada para ver a situação de forma mais otimista e enxergar as pessoas não como ameaça, mas como indivíduos que vieram para somar, contribuir e ajudar. É aquele que equilibra as ações comandadas pelo lobo frontal com o emocional”, explica o pesquisador e um dos maiores especialistas em biofeedback do Brasil, Marco Fábio Coghi. Na física, o termo caracteriza materiais capazes de se recuperar após impactos. Utilizado na psicologia há 30 anos, ganhou popularidade após a queda das torres gêmeas no 11 de setembro, com a distribuição de cartilhas estimulando a superação da tragédia pela população.
“O ser resiliente adoece menos, toma decisões mais acertadas, assume riscos controlados, trabalha melhor em equipe e consegue assumir mais responsabilidade. Por ter maior equilíbrio emocional, consegue usar suas habilidades e interagir de forma mais amigável com as pessoas”, afirma Coghi.
Apesar de parecer uma característica inata, quase um dom, novos estudos mostram que a resiliência pode ser treinada.Uma das técnicas que vem apresentando mais resultados para aquisição da resiliência é o biofeedback, método que avalia em tempo real o funcionamento do sistema emocional e propõe dinâmicas para deixá-lo mais equilibrado.
“É um treinamento individualizado ou em grupo que visa reduzir a hiperatividade emocional, trazendo a pessoa para mais perto da realidade em que vive, mais pé no chão, não enxergando ameaças onde elas não existem”, explica o pesquisador.
“O resultado é incrível quando aplicado em organizações. Profissionais resiliente formam equipes produtivas, objetivas e eficazes, que resultam em empresas que sabem lidar melhor com as crises, mais aptas para encarar os desafios do mundo corporativo”, explica o pesquisador.
Veja dicas para ser mais resiliente no dia a dia
• Ouça seu corpo e treine – estudos mostram que aparelhos de biofeedback – como o cardioEmotion - contribuem para o aumento da resiliência
• Converse com as pessoas e busque grupos de apoio ou de hobbies
• Trace metas
• Admita o problema e permita-se sentir dor quando necessário
• Seja generoso
• Pense nas coisas boas que possui
• Cuide da saúde
• Saiba que a vida não é fácil, mas vale a pena ser vivida
Fonte: www.administradores.com.br
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