Autor: Caio Lauer
O Brasil é o 3º país mais empreendedor do mundo, segundo estudo da Global Entrepreneurship Monitor. Com 27 milhões de empresários ou de pessoas que se dizem envolvidas na criação de um negócio próprio, ficamos atrás apenas dos Estados Unidos, com 39 milhões, e da China, com 369 milhões de empreendedores.
A realidade e a economia brasileira atual têm grande influência em nossa posição no ranking. Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cerca de 70% das pessoas abrem o próprio negócio por uma questão de necessidade. Por conta do insucesso como empregado no mercado de trabalho, muitos optam por se tornarem empreendedores como melhor alternativa. Os 30% restantes acabam investindo em uma nova empreitada para por em prática uma ideia ou oportunidade que enxergam.
Para aqueles que se tornam empreendedores por não encontrar outra saída, é fundamental que invistam em uma área que já dominam ou conheçam bem. A expertise e a vivência na trajetória profissional devem ser levadas em consideração, pois o negócio torna-se menos arriscado. “Um engenheiro civil de profissão não deve abrir, de repente, uma loja de roupas, por exemplo. É importante que invista naquilo que conhece e domina porque saberá os atalhos e macetes, além de usar sua bagagem como uma vantagem competitiva”, comenta Ruy Leal, superintendente geral do Instituto Via de Acesso e autor do livro “Superdicas para Empreender seu Próprio Negócio”. De acordo com Leal, outro ponto benéfico é utilizar a rede de relacionamentos (networking) já existente, pois terá contato mais próximo com fornecedores, possíveis compradores e com o mercado em geral.
A criatividade é uma das características que acompanha o empreendedorismo. Fazer mais do mesmo não é recomendável por uma questão de concorrência e espaço no mercado. Uma ideia genuína faz surgir novas possibilidades e cabe ao investidor estudar se o negócio será praticável e rentável.
Saber se relacionar com pessoas é uma habilidade fundamental, pois depende diretamente de pessoas, seja dos funcionários ou dos clientes. Ter a consciência de que deixou de ser um empregado para se tornar o dono do negócio também é um ponto-chave. “Não se pode misturar pessoa física com pessoa jurídica. O dinheiro arrecadado pela empresa deve ser destinado a ela. Muitos misturam isto e acabam se perdendo na questão financeira”, orienta Wesley Garcia Gomes, diretor comercial da Wesco, empresa que fundou aos 25 anos de idade.
Ter o próprio negócio não pode ser encarado como uma aventura. Diversos pontos devem ser pensados e trabalhados antes do investimento, além de executar um mapeamento sobre o segmento da empresa. Para o diretor comercial, por melhor que seja a ideia, não se pode imaginar que logo no início a lucratividade será grande. “Este é um erro recorrente das pessoas, pois depositam todas as fichas no empreendimento, mas acabam se frustrando e fracassando a curto prazo”, relata.
Comprometimento
A atitude empreendedora é uma das competências obrigatórias de qualquer profissional. Para ser empreendedor não necessariamente o indivíduo precisa ser proprietário de uma empresa – esta habilidade é importante também para o empregado que enxerga a empresa como dele, é automotivado e tem um desempenho acima da média dos colegas de trabalho. “Ele cuida da atividade dele como se fosse o dono da organização, então tudo que faz é pensando como se fosse seu próprio negócio. Esta postura faz o profissional se destacar dos demais”, enfatiza Ruy.
Características
Poucas pessoas já nascem sabendo que querem ser empreendedoras. Existem diversas habilidades e competências pertinentes para que o profissional tenha sucesso na carreira, seja em um negócio próprio ou praticando o empreendedorismo na empresa onde atua:
- Identificar oportunidades de negócio;
- Identificar necessidades dos clientes;
- Corres riscos para implementar novas ideias;
- Antecipar-se em relação à concorrência;
- Tomar decisões.
“O indivíduo deixa de se preocupar apenas com sua vida e passa a ter responsabilidades sobre outras pessoas. Quando o empregador contrata um profissional, existe um compromisso mútuo. No meu próprio negócio, me preocupo primeiro com quem atua na empresa, para depois pensar no meu lado”, finaliza Ruy Leal.
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