A taxa de confiança empresarial cresceu em 17 países, diz estudo
Por Guy Berruyer,
Os presságios, em relação à economia, têm melhorado já há algum tempo. Em todo o mundo temos visto sinais da melhoria da recuperação financeira, particularmente entre os países industrializados. Agora, o Índice de Empresas Sage confirma este acentuado crescimento de confiança empresarial entre as pequenas e médias empresas, principalmente no que diz respeito à forma como esses estabelecimentos encaram as suas próprias perspectivas de negócios.
É importante mencionar que a confiança nas suas próprias perspectivas de negócio subiu, de forma consistente, após anos de declínio, notáveis seis pontos percentuais em quase todos os 17 mercados inquiridos, com uma média global de 62,01 numa escala de 100. Obviamente, essas são ótimas notícias. Contudo, é preciso ter calma: não podemos nos enganar, já que estamos ainda nos primeiros passos da recuperação. A confiança dos pequenos e médios empreendedores está aumentando ainda mais, contudo ainda continua frágil.
Apesar de manter confiança em si própria, a maioria das empresas não acredita no futuro das suas economias, muito menos da economia global, uma vez que ambos índices estão abaixo dos 50%, o que é motivo de muita preocupação. E como é óbvio, tudo depende de grandes incidentes ou choques que podem acontecer a nível econômico, político e ambiental. O regresso da confiança é um bom sinal para todos. Entretanto, é recomendável ter cautela até termos exemplos concretos de que se trata de um regresso generalizado e durável.
Um novo elemento da sondagem deste ano centra-se nas perguntas relacionadas com a capacidade de correr riscos. Na Sage, acreditamos que correr riscos empresariais calculados é parte fundamental de uma estratégia empresarial. Se não experimentarmos coisas novas, nunca as conseguiremos descobrir. Se não falharmos não aprendemos lições preciosas. Nesta época de maior confiança, em que podemos ter a certeza de que a concorrência é a cada dia mais acirrada, considero que deve ser aplaudida uma atitude positiva face ao risco.
As empresas precisam de líderes que estejam dispostos a correr riscos e a desenvolver os seus negócios. E isto é importante porque as PMEs são o motor da economia e a principal fonte de novos empregos. No Reino Unido, por exemplo, as pequenas e médias empresas empregam quase dois terços das pessoas do setor privado e geram metade dos rendimentos. As empresas precisam de uma atitude voltada para o risco se quiserem atingir uma velocidade de recuperação.
Assim, é interessante ver que cerca de metade dos líderes empresariais inquiridos se considerem como afeitos ao risco. Este número é mais elevado nos países em vias de desenvolvimento, com a Alemanha, os Estados Unidos e a França, os quais estão no meio do caminho. Curiosamente, o Reino Unido juntou-se à Suíça e à Áustria como (em termos relativos) avessos ao risco.
Por fim, algumas preocupações e problemas perenes continuam a surgir no Índice. O maior desafio a nível global foi a aquisição de novos clientes. As preocupações relacionadas com a burocracia e os impostos aumentaram exponencialmente em comparação com o ano passado. A gestão de fluxo de caixa e atrair e reter os funcionários certos ficaram classificados como o segundo e terceiro maiores desafios a nível global. Outros desafios incluíram a automatização e simplificação dos processos e a expansão para novos mercados.
Guy Berruyer é Diretor Executivo, Sage Group plc.
Fonte: administradores.com.br
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