Ter o dono do negócio por perto no dia a dia pode facilitar o desenvolvimento dos funcionários
Por Ariane Abdallah
É bem provável que, ao longo de sua vida, você receba pelo menos uma proposta para trabalhar em uma companhia familiar. Quem afirma é Herbert Steinberg, sócio-fundador da Mesa Corporate Governance e especialista em sucessões. Segundo ele, 80% das organizações brasileiras são dirigidas pelos fundadores ou herdeiros deles, e 95% das pessoas vão receber um convite para fazer parte do organograma de, pelo menos, uma delas. “Na Europa esse número é bem próximo e, nos Estados Unidos, um pouco menor, mas ainda assim, grande”, diz o consultor, que também é autor de livros como A Família Empresária (editora Gente).
Steinberg afirma que, quando gerida com profissionalismo apesar do sobrenome, a companhia tende a ser um ambiente mais produtivo para o desenvolvimento de carreira do que uma empresa não-familiar. “Ter profissionais do mercado não é garantia de profissionalismo”, diz ele. Odebrecht, Gerdal e Votorantim são alguns dos exemplos apresentados pelo consultor como modelos bem-sucedidos. Por quê? Leia a seguir.
1. As decisões são mais rápidas.
O dono geralmente está no dia a dia do negócio, próximo dos funcionários. Portanto, a tendência é que o acesso a ele seja freqüente e, como conseqüência, as definições normalmente acontecem com mais agilidade.
2. Vontade vale mais que dinheiro.
É claro que as contas na planilha são levadas em conta antes que qualquer decisão importante para o negócio seja tomada. Porém, a vontade do dono costuma ser mais decisiva do que os números. “Se ele quer investir em uma nova fábrica, vai fazer isso”, afirma Steinberg. “Os investimentos vão alem do payback. Os valores são só uma referência nesse caso”.
3. Não se entra em um negócio para sair.
Como o que está em jogo é o nome da família, a empresa não entra em um novo nicho ou operação só para ver no que vai dar. Em geral, decisões desse tipo são ancoradas em visão de longo prazo. Portanto, tendem a ser mais sólidas. E um ambiente consistente e estável tende a facilitar o desenvolvimento dos colaboradores.
Fonte: epocanegocios.globo.com
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