Aprender a organizar sua vida e administrar o seu tempo é fator crucial para aumentar o nível de produtividade e melhorar a distribuição das horas do seu dia entre os diversos papéis exercidos
Por Ana Paula Platt
Uma das maiores reclamações da humanidade, sem dúvida alguma, é a falta de tempo para conciliar demandas pessoais e profissionais. A correria do dia a dia é fato consumado e ninguém mais questiona a falta de tempo para conversas, além de rápidos “bom dia” e “boa noite” nos corredores dos escritórios. As pessoas não estão se dando conta de que os anos estão passando e que o “modo automático” em que vivem não permite que utilizem as horas do dia para investir no que realmente lhes é importante.
Aprender a organizar sua vida e administrar o seu tempo é fator crucial para aumentar o nível de produtividade e melhorar a distribuição das horas do seu dia entre os diversos papéis exercidos.
A habilidade de gerir o próprio tempo nada mais é do que um hábito que deveria ser introduzido em nossas vidas ainda na infância, para ser mais facilmente assimilado. Estudos da neurociência afirmam que nossas principais conexões neurais são formadas até os sete anos de idade. Essas conexões são responsáveis pela maneira de interagirmos com o mundo externo, e essa interação ocorre a partir de ações e comportamentos que, quando repetidos por diversas vezes, tornam-se hábitos.
Com o despreparo das escolas e famílias no estímulo de técnicas de administração do tempo, precisamos buscar, já na fase adulta, medidas que permitam a adoção de novos hábitos, proporcionando o desenvolvimento de uma vida em equilíbrio.
O primeiro passo é a definição de uma de uma missão pessoal. Entender o “para quê” é importante desempenhar cada tarefa é fundamental para a realização de um propósito maior. Quando colocamos foco nos benefícios que serão obtidos após a conclusão de cada ação, conseguimos desenvolver a automotivação para nos manter firmes aos nossos objetivos.
O segundo passo é o levantamento de todos os papéis que exercemos. Entender que além de profissionais, somos pais, cônjuges, amigos, filhos e irmãos, nos mostra o quanto estamos sendo relapsos no desempenho de funções importantes para o nosso sentido de realização. No entanto, nenhuma dessas atribuições é tão relegada quanto a disposição em investir tempo em nós mesmos. Precisamos adotar em nosso cotidiano a filosofia do extremo autocuidado, que nada mais é do que a habilidade de se colocar em primeiro lugar na lista de prioridades e focar na criação de equilíbrio, bem-estar e qualidade de vida.
O terceiro passo para a melhoria da gestão do tempo é a adoção do hábito de planejamento anual, mensal, semanal e diário. Planejar facilita nosso comprometimento com o desenvolvimento de ações alinhadas aos nossos verdadeiros ideais e que, portanto, são prioridades em nossa vida. Dessa forma, evitamos a armadilha de assumir atribuições que proporcionarão pouco resultado para o alcance de nossos objetivos prioritários.
No que se refere ao planejamento, recomenda-se a utilização de critérios de categorização de cada uma das atividades em: importantes, urgentes e circunstanciais, conforme a metodologia “Tríade do Tempo” de Christian Barbosa. As atividades importantes são aquelas que possuem um prazo definido e são fundamentais para os resultados de curto médio e longo prazo.
As urgências, normalmente, são atividades importantes não realizadas com antecedência e por isso tornaram-se urgentes. As pessoas com dificuldade de administrar o seu tempo, normalmente, vivem em função de tarefas urgentes e por isso são grandes candidatas a entrar num processo de estafa mental. Circunstanciais são as atividades de pouca ou nenhuma importância, desperdiçadoras de tempo, e que decorrem da dificuldade em dizer não para eventos, tarefas e pessoas.
Mais importante do que utilizar ferramentas e diferentes metodologias de gestão de tempo é a conscientização de que mudanças são necessárias para melhor aproveitar cada momento que a vida proporciona. As pessoas precisam se dar conta de que trabalhar mais nem sempre significa trabalhar melhor, e que o equilíbrio entre nossos diferentes papéis é fator determinante para o sentido de realização pessoal.
Fonte: www.administradores.com.br
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