No Brasil, a prática de construir rede de contatos profissionais ainda é pouca explorada
Por Luiza Belloni Veronesi
A prática do networking pode ajudar na recolocação de um profissional no mercado de trabalho ou para encontrar melhores oportunidades na carreira. Porém, um estudo feito pelo IDCE (Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos), com 650 executivos, mostra que o bom relacionamento profissional não é o forte dos brasileiros.
De acordo com o levantamento, 80% dos executivos de médias e grandes empresas reconhecem o networking como uma ferramenta de estratégia para o mercado de trabalho, mas os novos profissionais não fazem o relacionamento interpessoal de modo eficiente.
A maioria das pessoas acredita que networking define uma boa rede de contatos, ou seja, conhecer várias pessoas e ser conhecido por elas. No entanto, na opinião do diretor-executivo do IDCE, Fabrício Barbirato, o networking não se restringe a isso. “Uma boa rede de contatos é aquela em que as pessoas conhecem o profissional e sabem o que ele faz bem profissionalmente, e o mais importante, que estas pessoas possam ter influencia em seu crescimento profissional.”
Networking pelo mundo
Construir rede de contatos profissionais é uma cultura tradicional nos Estados Unidos e Europa. No Brasil, esse ainda é um cenário em desenvolvimento, portanto, o profissional brasileiro encontra muitas dificuldades ao longo de sua carreira devido à falta de um networking sólido.
“Nos países desenvolvidos, existe uma abertura entre as pessoas para que elas se conheçam e se informem sobre suas capacidades. Esse processo ocorre até mesmo entre funcionários de empresas concorrentes”, ressalta Barbirato.
Um fator que contribui para a deficiência nesse quesito é a própria faculdade. O estudo constatou que muitas instituições de ensino no Brasil não possuem disciplinas de empregabilidade e construção de carreiras.
“O mínimo que elas deveriam fazer é preparar o aluno para o mercado de trabalho. No mundo corporativo, a medida que você cresce profissionalmente, as competências comportamentais são cada vez mais importantes que as competências técnicas, portanto, é sim papel da faculdade ensinar em sua grade curricular temas ligados à empregabilidade do profissional”, complementa o diretor-executivo do IDCE.
Fonte: www.infomoney.com.br
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