Confira
nove excessos cometidos pelos candidatos. E fuja deles!
Por Rômulo Martins
Fonte: Empregos.com.br
Você enche o seu currículo de
informações sem nenhum critério acreditando assim atrair o recrutador? Saiba
que dessa forma você está fadado a não ser chamado para entrevistas. Na hora de
elaborar o seu documento profissional também vale a máxima de que quantidade
não é qualidade. A recomendação é escrever informações sobre formação,
experiências e resultados que possam agregar no seu currículo.
É válido lembrar ainda que objetividade é a maneira mais eficaz de prender o
recrutador. Portanto, se você é aficionado pela escrita, não caia na tentação
do rebuscamento. Já dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade: “Escrever é
cortar palavras.”
Com a ajuda de especialistas, o Empregos.com.br listou os principais excessos
cometidos pelos candidatos no momento de montar o currículo. Livre-se deles.
1. Informar número de documentos
Mencionar número do RG, CPF ou outros documentos oficiais é uma “perda de
tempo”, diz Renata Schmidt, diretora da Foco Talentos, empresa do Grupo Foco
especializada no recrutamento e seleção de estagiários e trainees. “No primeiro
momento o recrutador quer mesmo é bater o olho no resumo de suas
qualificações.”
2. Pôr foto
Só envie a foto se a empresa pedir. Segundo Daniela Ribeiro, gerente da divisão
de engenharia da Robert Half, empresa de recrutamento especializado, colocar a
imagem no currículo sem ser solicitado pode soar negativo. “Alguns
profissionais não têm muita noção e colocam uma foto que poderia ser postada no
Facebook”, afirma ela. “A ausência da foto não muda em nada na avaliação do
recrutador”, ressalta.
3. Preferir o cargo à área
No objetivo profissional entre citar o cargo e a área de atuação fique com a
segunda alternativa. “Ao informar o cargo o candidato pode ser eliminado já que
as nomenclaturas variam muito de empresa para empresa”, afirma Daniela Ribeiro.
Exemplo: Vendas (varejo) e não Supervisor de Vendas.
4. Informar redes sociais
Ainda conforme Daniela, o profissional só deve informar o endereço de rede
social se julgar a ferramenta adequada. “Recomendo o Linkedin, rede de
relacionamento profissional em que é possível visualizar o resumo do
currículo.” Na opinião da consultora, o candidato não deve mencionar as mídias
sociais em que expõe mais a vida pessoal.
5. Cursos fora da área ou defasados
O profissional sabe que o recrutador valoriza a formação constante e vai
“incrementando” o currículo com cursos realizados durante toda a trajetória sem
nenhum critério. Se você faz isso, reveja agora o seu documento. “Um curso de
culinária ou de vinhos só será interessante se o profissional trabalha na área
gastronômica ou de nutrição”, aponta Renata Schmidt, da Foco Talentos.
6. Desequilíbrio entre formação e experiência
Não dê mais importância à formação acadêmica em detrimento da experiência e
vice-versa. Segundo Daniela Ribeiro, da Robert Half, o currículo deve retratar
com coerência a trajetória profissional. “Se você tem poucos anos de
experiência não faz sentido ter um currículo com muitas páginas. Por outro
lado, não corte informações importantes que possam te vender”, destaca a
especialista.
7. Citar características comportamentais
Iniciativa, espírito de equipe e liderança, facilidade na comunicação, entre
tantas outras habilidades são bastante valorizadas pelas companhias, mas não é
para estampar no currículo. “Informe resultados obtidos em sua carreira”,
sinaliza Renata.
Daniela destaca que os números são muito bem-vindos. “Se você não pode
quantificar os resultados, cite alguma atividade em que fez a diferença.” A
especialista lembra que competências comportamentais são checadas na
entrevista.
8. Apelar para o social
Houve uma fase em que o profissional socialmente responsável tinha pontos com o
recrutador. A onda, contudo, passou. A verdade é que nem todas as empresas
estão interessadas em causas maiores, nem quer saber se você participa delas.
“Às vezes a organização até valoriza esse tipo de ação, mas não está procurando
profissionais com esse perfil”, diz Renata.
Para a diretora da Foco Talentos, a informação também pode ser mencionada
durante a entrevista de emprego.
9. “Matar” a língua
Salvo alguns cargos ter pleno domínio da língua portuguesa não é exigência das
empresas. Isso não quer dizer que você pode escrever o currículo como se
estivesse teclando com um amigo no Messenger. Dependendo da falha você pode ser
desclassificado. Conte com o corretor ortográfico e dicionário. Em caso de
dúvidas, peça para alguém revisar seu currículo.
Matérias relacionadas:
0 Comentários