Se você acha que inovação não combina com época de recursos escassos, pode reformular seu pensamento.
Por Gisela Kassoy
Depois de tantas crises e momentos de fartura, se há uma coisa que as empresas aprenderam (ou deveriam ter aprendido) é a distinguir gasto de investimento. A inovação está na segunda categoria: o acirramento da concorrência e as exigências do mercado não darão trégua à demanda de produtos e serviços que se destaquem.
A maturidade levou as empresas a riscos melhor administrados, tiros certeiros em alvos eleitos com muito critério, muito monitoramento e adaptação.
Portanto, se você pretende se destacar em 2013 pelas inovações que levará a sua empresa, observe os quesitos a seguir.
Dicas dos clientes – Mais do que as intuições geniais, as empresas estão buscando pequenas diferenças que farão a grande diferença. E ninguém melhor do que os clientes e usuários para dar as dicas para inovações certeiras. No meu trabalho como facilitadora, promovo passeios a pontos de venda ou locais onde se dá o consumo dos produtos para que se ouça e, acima de tudo, observe os clientes e usuários. Faça o mesmo.
Administração de riscos – O mundo está menos previsível, o que gera fobia ao risco, um dos maiores obstáculos à inovação. Entretanto, não inovar também é perigoso. Ensino as pessoas a administrar os riscos, analisando os problemas potenciais antes de uma inovação ser lançada, e as formas de compensá-los, reduzi-los ou revertê-los.
Para a fase após o lançamento de um produto ou serviço, crio planos de monitoramento e ajustes. O propósito não é prever se a inovação pode dar certo, mas sim fazer dar certo. Seja persistente com relação às inovações, mas não seja teimoso: adapte as ideias iniciais até que seus riscos estejam cobertos.
Espaço para imprevistos – Ainda sob a ótica da imprevisibilidade, cabe lembrar uma das máximas de Peter Drucker que diz que “o inesperado é frequentemente a melhor fonte de inovação". Para captar as oportunidades que surgem do inesperado, é preciso ver as surpresas como aspectos positivos, no mínimo intrigantes. Desenvolvo a mudança de olhar por meio de treinamentos que combinam atitude e técnica.
Custos – Inovação e sustentabilidade já foram excludentes, quando inovação era sinônimo de rápida obsolescência e desperdício de produtos para a compra do último lançamento. Agora, a sustentabilidade tornou-se uma fonte de ideias, que vão desde a reutilização das garrafas Pet até criação de novas fontes de energia, por exemplo. O mesmo acontece com relação a custos.
Prova disso é a tão aclamada “Inovação Reversa” – o mundo todo procura adaptar ideias desenvolvidas em países emergentes que reduzem custos, seja dos usuários dos produtos seja de seus fabricantes.
Parece um paradoxo, mas a inovação amadureceu. Não é mais considerada modismo ou cura de todos os males. Mas seu papel não é pequeno: o de instrumento para garantir o sucesso e continuidade das empresas, seja em 2013 ou até quando inovarem a inovação.
Fonte: www.hsm.com.br
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