Autor: Caio Lauer
No cenário atual, preço e qualidade não são os fatores fundamentais que promovem a competitividade. Isso tornou-se questão de obrigação das companhias, e os consumidores, cada vez mais exigentes, esperam bons serviços e produtos. Hoje, o que faz a diferença é oferecer inovação, a fim de conquistar e fidelizar clientes.
A gestão da inovação consiste em formular, implementar e gerenciar iniciativas de inovação que estejam alinhadas à realidade e aos propósitos da organização. Uma pesquisa desenvolvida pelo Programa de Estudos do Futuro (Profuturo) da FIA-USP, levantou com mais de 600 ex-alunos, hoje executivos de grandes empresas, que uma das profissões mais promissoras até o ano de 2020 será o Diretor de Inovação, ou Chief Innovation Officer. Esse profissional terá a liberdade de caminhar pela empresa com a missão de identificar novas ideias e desenvolver a inovação para virar, de fato, um novo processo, produto ou serviço.
“A gestão da inovação precisa estar alinhada a todo o direcionamento estratégico, criando uma cultura para que ideias criativas aconteçam. A proatividade, e a tentativa e erro, por exemplo, são recursos dentro do processo criativo para que a inovação aconteça. Ouvir todos os profissionais envolvidos no processo empresarial é o diferencial”, opina Gláucia Zoldan, Gerente Adjunta da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional.
Criatividade e inovação
Se a liderança não tiver com foco na inovação é muito difícil que ideias inovadoras se disseminem na organização. Muitas vezes um funcionário tem uma grande ideia para otimizar tempo, custo, ou facilitar algum processo, mas se isso não for escutado pela empresa, não chegará a lugar algum. A preparação de gestores de todos os níveis abertos à inovação é fundamental, e a cultura organizacional deve desafiar seus profissionais o tempo todo.
De acordo com Maximiliano Carlomagno, sócio-fundador da Innoscience, consultoria em gestão da inovação, o Google é uma empresa que estimula que todos dediquem tempo para projetos inovadores. “Essa decisão depende do tipo de inovação a ser buscada. Se a empresa quer desenvolver uma nova droga para cura do câncer não vai adiantar muito envolver o pessoal da contabilidade. Por outro lado, muitas vezes as pessoas que estão fora do problema tem boas visões sobre o mesmo, que quem está dentro já não se permite mais a ter”, exemplifica.
Fazer gestão da inovação é ter um fluxo implementado que dê permissão para que os processos produtivos sejam avaliados a cada momento com relação ao custo-benefício e expectativa de clientes e colaboradores. Ela pode ser incorporada de pouco em pouco, no dia a dia da empresa. “Os projetos de inovação tem um alto grau de incerteza que só é reduzido fazendo um projeto piloto, uma simulação um experimento que possa reproduzir em menor escala e risco aquilo que a organização irá enfrentar no futuro”, conta Carlomagno.
É importante frisar que a criatividade isolada não dá resultado, pois não adianta um profissional tentar inventar o tempo todo, mas com ideias desassociadas do contexto da empresa e sem aplicabilidade.
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