Apesar das oportunidades, falta de crédito para financiar ativos intangíveis é obstáculo para empreendedor brasileiro; especialista recomenda planejamento de longo prazo para as novas empresas
O ano de 2012 não foi nenhuma maravilha econômica para o Brasil e, por extensão, para as micro e pequenas empresas. Para 2013, as expectativas também não são nada empolgantes. Mesmo assim, as oportunidades continuam surgindo: este ano, acontecerá a Copa das Confederações, prévia da Copa do Mundo do próximo ano, e as Olimpíadas de 2016 se aproximam com uma alta demanda por novos serviços e produtos.
Para quem pretende abrir o próprio negócio ou investir em uma empresa que já está na estrada, a recomendação é aplicar, no máximo, 30% do seu patrimônio na empreitada. A dica é do professor e presidente da Fran System Batista Gigliotti. Ele ainda comenta a dificuldade encontrada pelo empreendedor brasileiro na hora de embarcar no seu empreendimento: "o maior desafio é ainda a falta de crédito, especialmente para financiar ativos intangíveis, como capital de giro e marketing, pois ainda são exigidas altas garantias aliadas a altos juros".
Para Batista, muitas oportunidades estão disponíveis, basta observá-las, planejar e colocar no papel antes de tomar qualquer decisão. "Antes de tudo é preciso estudar o mercado e entender que recursos estão disponíveis. Para isso, um plano do negócio, com análise de cenários e controle dos riscos é fundamental", ressalta.
As pequenas e médias empresas também têm grande chance de expandirem os seus negócios. “Inovar sempre, é preciso. Assim se criam continuamente os diferenciais do líder”, afirma ao destacar que há espaço para todo mundo, desde que as propostas de negócio sejam complementares e inovadoras.
Entretanto, para quem pretende empreender pensando somente nas oportunidades geradas pelos eventos mundiais sediados pelo Brasil, é necessário tomar cuidado quanto à sobrevivência da empresa. Segundo Batista, negócios que são criados apenas para servir à Copa, não foram projetados para mais do que isso. “Se o empresário quer dar longevidade à sua empresa depois do evento, deve preparar-se desde já, identificando outros nichos ou adaptando sua estrutura à nova realidade. Não é para esperar para ver como é que fica!” Concluiu.
Fonte: administradores.com.br
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