Vale a pena se programar para não voltar das férias sem ânimo
por Rachel Sciré
Depois da comilança do Natal, das festas de Ano Novo e de uma temporada de puro ócio, chega o momento de voltar ao trabalho. Aí rola um desânimo e nos primeiros dias é difícil pegar no tranco, não é mesmo? Mas saiba que isso é normal e acontece com a maioria dos profissionais. “A pessoa pode voltar ao trabalho com um pouco de preguiça, mas em até duas semanas deve recobrar o pique, caso contrário, está na hora de reavaliar a atividade profissional e a carreira”, afirma Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association (ISMA) no Brasil.
De acordo com a especialista, os efeitos da tristeza pós-férias podem ser minimizados com planejamento. “Se for viajar, o ideal é voltar com um pouco de antecedência, para não se sobrecarregar logo na primeira semana”, diz. Assim, vale a pena se programar para não acumular, de repente, a volta ao trabalho, aos estudos e à rotina desgastante.
“Nos últimos dias das férias, é recomendável retornar às atividades gradativamente”, sugere. Dormir mais cedo, fazer refeições nos horários adequados e programar a cabeça para as obrigações que vem pela frente são exemplos de atitudes que podem ser tomadas.
Para Ana Maria, bom mesmo seria se o profissional já se programasse para o retorno antes de sair de férias e aproveitasse o recesso também para reavaliar sua condição profissional. “O período afastado da rotina pode ser utilizado para analisar a empresa, a carreira e as perspectivas”, diz. Se você nem pensou nisso quando foi dispensado e deixou tarefas acumuladas e problemas para resolver na empresa, a alternativa agora é se organizar e estabelecer prioridades.
Outra dica que pode ajudar na readaptação é tentar manter algumas atividades prazerosas realizadas durante as férias, como praticar exercícios, dormir melhor ou se dedicar aos hobbies. “Caso contrário é mesmo frustrante, pois nas férias o indivíduo tem tudo que lhe dá satisfação e o faz sentir bem e, de volta à rotina, ele fica sem nada”, explica a psicóloga.
“Quanto mais suave a transição, mais a pessoa conseguirá manter os benefícios de férias. Se ela se estressar já na primeira semana, precisará esperar mais 11 meses para descansar e ter esses bons momentos”, conclui.
Fonte da imagem: gettyimages
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