Muitas resoluções de Ano-Novo têm a ver com dinheiro - e, para os empreendedores, isso significa colocar em ordem a situação financeira da empresa. São várias as ferramentas que podem ser utilizadas nesse processo, mas o elemento imprescindível para qualquer método funcionar é ter uma boa organização. É o que diz Elisson de Andrade, palestrante de finanças pessoais e autor do e-book As 5 Etapas do Planejamento Financeiro.
“Mesmo que uma empresa tenha um bom produto e boas vendas, ela pode acabar se colocando em uma situação financeiramente ruim pelo simples fato de não controlar seu fluxo de caixa”, afirma Andrade. Além de falta de controle nesse sentido, outro erro grave que Andrade ressalta é a não divisão entre o dinheiro da empresa e o do empreendedor. “É comum que donos de pequenos negócios tirem dinheiro da empresa para sanar dívidas pessoais”, diz. “Isso não é má gestão proposital, é falta de conhecimento.”
Andrade recomenda a busca de ferramentas que possam trazer maior controle de fluxo de caixa. “Não é necessário o uso de tecnologias sofisticadas, os registros podem até ser feitos no papel. O importante é ter esse controle.” O especialista enfatiza também a utilidade de balanços feitos regularmente. De acordo com ele, uma boa administração do fluxo, com balanços frequentes, pode dar um ótimo diagnóstico a respeito dos gargalos em que desperdícios de recursos estão ocorrendo.
“A palavra é planejar”, afirma Andrade. “Quando você não se planeja, aumenta a probabilidade de problemas e reduz a capacidade de aproveitar oportunidades.” De acordo com o professor, quando a situação financeira de uma empresa vai bem, um bom planejamento pode potencializar os ganhos daquele momento. Por outro lado, uma boa organização pode também ajudar a amenizar os problemas ocasionados por um mau momento.
Para começar bem o novo ano, Andrade ressalta, antes de tudo, a importância de fazer um diagnóstico detalhado da situação financeira atual da empresa. Ao levantar dívidas, devem ser analisados os prazos, as formas de pagamento, o número de parcelas e a taxa de juros de cada uma. “É importante traçar um panorama de organização das dívidas para poder pensar na melhor estratégia para eliminá-las”, diz Andrade.
Feito isso, o próximo passo é desenvolver disciplina e adquirir bons hábitos. “É necessário rever comportamentos antigos, buscar o autoconhecimento”, afirma. “Assim, será mais fácil pensar em soluções proativas e interessantes para a situação financeira e geral do seu negócio. Uma empresa não muda por si só, e sim por meio das ações das pessoas que a compõem. É assim que se faz a diferença e se ocasionam mudanças positivas e duradouras”.
Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios
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