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Empregabilidade - Por Alexandre Freire

O que faz a diferença no mercado de trabalho?
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Empregabilidade tem a ver cada vez mais, com vivência, que é diferente de experiência.

Buscar uma vaga é uma luta do cotidiano de qualquer profissional que esteja disponível no mercado. Manter-se empregado é um grande desafio que todos os executivos experimentam dia a dia. Empregabilidade tornou-se quase que uma obsessão pelos profissionais de todo o mundo e um assunto que as empresas não param de discutir. Tanto no passado como no presente as organizações continuam a buscar pessoas com experiência profissional. A ênfase ainda é dada ao tempo de trabalho que a pessoa foi exposta.

Diria que a experiência é a sua história profissional no âmbito técnico, porém como o ciclo dos produtos e serviço está cada vez mais curto, a sua experiência alcança a obsolência no mesmo ritmo da tecnologia que você domina.

Uma vez, durante uma entrevista, olhei bem nos olhos do entrevistado que se dizia muito experiente e perguntei: “Você tem 20 anos de experiência ou teve uma experiência em 20 anos?”.

Experiência não significa necessariamente tempo de trabalho, por isso, estamos experimentando uma volta maciça das pessoas as salas de aulas e treinamentos. Os profissionais do país inteiro estão reciclando os seus conhecimentos. O valor de sua experiência durava muito tempo, pois o ciclo durava mais tempo também.

O conhecimento deve ser a mola propulsora daqueles que almejam adquirir experiência nas novas tecnologias e ferramentas gerenciais. Porém uma coisa que não mudou e que vem se tornando cada vez mais importante para a empregabilidade, é o que chamo de vivência. Enquanto a experiência nasce e morre com o ciclo técnico do produto, a vivência tem haver com a sua exposição ao mundo como um todo, indo além do técnico e do profissional.

Parece paradoxal, mas o mesmo tempo que tende a matar a sua experiência, por outro lado, este tempo tende a regar e cuidar da sua vivência.

Veja um exemplo: Um executivo que gerenciou uma fábrica de carburadores por 15 anos. A sua empregabilidade hoje, depende de sua larga experiência técnica com carburadores ou da sua vivência na liderança de pessoas ou clientes por 15 anos?

A experiência morre, a vivência permanece. A vivência ninguém tira de você, a sua empregabilidade está cada vez mais ligada a sua pessoa como um todo. Responda: você já varreu o chão, lavou pratos quando estava na faculdade, pegou ônibus na chuva, participou de alguma atividade extracurricular, dedicou algum tempo a doentes terminais, liderou um grupo de pessoas em um acampamento? Sabe dar bom dia e sorrir para o porteiro de sua empresa, perdoou alguma vez na sua vida pessoal e profissional?

Todas estas são perguntas que se analisadas individualmente são simples e de pouca importância, porém o segredo está na sinergia que elas causam quando somadas à vida de um profissional. É a somatória destes pequenos elos que farão a diferença na sua empregabilidade. Enfim, para tomar decisões técnicas, confie na sua experiência e para manter a sua empregabilidade trate de construir sua vivência.

Fonte: www.vocesa.com.br. Alexandre Freire, professor da Fundação Getúlio Vargas, colunista da revista Você S.A e sócio e consultor da empresa Strategy Consultores.

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