Autor: Caio Lauer
Atualmente, empresas dos mais variados segmentos estão presentes nas redes sociais. Mas, o que muitos não sabem, é que para administrar estes perfis em sites como Facebook e Twitter, existe um profissional dedicado exclusivamente à esta atividade: o analista de mídias sociais. Esta profissão vem ganhando bastante espaço no mercado, mas ainda existe inexperiência nesta atividade.
A intenção é humanizar a relação da organização com as pessoas e o analista é quem faz a ponte entre a empresa e o consumidor/cliente. Este profissional deve redigir bem e ser bom em relacionamento pessoal. “Uma formação superior em comunicação (Publicidade ou Jornalismo) ajuda para compreensão de hábitos de uso e consumo das mídias sociais por diferentes perfis de público. Também ajuda para aplicação de pensamento estratégico por meio de ferramentas de comunicação e marketing”, explica Andrei Scheiner, coordenador do curso de Comunicação Social do Centro Universitário Plínio Leite (Unipli).
As empresas utilizam as redes sociais a fim de promover campanhas e criar um canal de relacionamento com seu público. As atividades rotineiras do profissional são baseadas em divulgar informações que vão atrair pessoas em determinados assuntos. Após esta ação, o importante é reter os usuários nas páginas, então o analista deve sempre publicar conteúdo relevante para que estas pessoas continuem acompanhando o canal da empresa. A terceira etapa do processo é criar o chamado vínculo com os consumidores, com ações que humanizem a marca. “Temos clientes governamentais que criam páginas nas redes com a intenção de prestar serviço para o cidadão. Trabalhamos com uma página de Twitter que funcionou como uma ouvidoria. Reunimos as reclamações e encaminhamos às secretarias competentes”, conta Marcelo Ottoni, diretor de criação da Talk Interative, empresa de estratégias digitais.
Formação
A primeira dificuldade no mercado é que as instituições de ensino ainda não oferecem cursos consolidados neste segmento. Hoje, já existe nas grades curriculares de faculdades, disciplinas relacionadas às mídias sociais, mas nada muito especializado. A tendência é que os profissionais busquem no próprio mercado de trabalho esta capacitação. “Eles precisam dedicar um precioso tempo a estes canais. E logicamente, entender bastante do negócio em que atua. As redes são oportunidades também, além de interação, de gerar negócios. Já vimos cases de grandes empresas, como uma grande construtora que vendeu um imóvel pelo Twitter, por exemplo”, diz Carolina Stilhano, gerente de Comunicação da Catho Online.
Hoje, há uma certa banalização da profissão por muitos gostarem de redes sociais, como usuários, e acharem que podem trabalhar neste ramo. Este é um problema que acompanha o mercado digital.
Assim como a criação de sites, no início da internet, era feita de forma semi-amadora, no cenário das redes sociais acontece da mesma forma. “É fácil criar um perfil pessoal em um site de relacionamento. O difícil é pensar em uma estratégia, definir uma atuação, olhar para a necessidade da empresa e, a partir daí, fazer um planejamento estratégico de como este veículo atenderá a demanda”, explica Marcelo Ottoni.
As empresas, ao criarem perfis em canais com Facebook e Twitter, devem ter a consciência que abriram uma porta de comunicação com o mercado consumidor.
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