por Maiara Tortorette
A postura é um ponto muito avaliado pelas empresas, pois na maioria das vezes profissionais jovens e inexperientes apresentam determinados comportamentos inadequados ao mundo corporativo. Segundo Lilica Mazer, diretora de publicidade da Robb Report Brasil, esse fator é responsável por 80% das demissões dos estagiários. “A entrada no mercado de trabalho exige que o jovem mude alguns hábitos e assuma uma nova postura”, explica. “Ele deve mostrar mais iniciativa para conquistar espaço, e até mesmo o vestuário passa ser diferente, dependendo da empresa em que irá estagiar”.
Todo trabalho exige comprometimento e dedicação; porém, no caso de um estágio, estas características devem ser ainda mais desenvolvidas. É bem comum que as empresas efetivem profissionais que começaram como estagiários, mas para que isso aconteça é necessário que o colaborador atenda as necessidades da organização e apresente um trabalho positivo durante o período em que estagiar.
Não há como definir o que será avaliado pelo gestor, mas cada um, dentro de sua área e função, deve esforçar-se ao máximo, demonstrando interesse pelos assuntos da empresa e por assumir outras tarefas. Proatividade é um fator positivo, e o profissional que conseguir credibilidade com o seu gestor, provavelmente conseguirá também conquistar o emprego efetivo.
Inexperiência profissional nem sempre é fator decisivo, visto que a falta de vivência em empresas anteriores, perfil muito comum em estudantes, recém formados e estagiários, pode ser muitas vezes compensada pelo conhecimento teórico e bagagem pessoal que traz o novo contratado. Saber demonstrar seus pontos fortes e o quanto está interessado em moldar-se à organização e aos seus gestores mais diretos, isso sim será fundamental para conquistar sua efetivação,
Para Marcelle Pires, consultora de RH da incorporadora e construtora Pinheiro Pereira, o estagiário é constantemente avaliado, por isso deve aproveitar a oportunidade para tentar se destacar. “Ele deve se preocupar com sua conduta e mostrar vontade de aprender, pois todos os olhos estão voltados para ele, o tempo todo”, explica. “As empresas sabem que este profissional está aprendendo, e é isso que agrada, pois o estagiário não traz vícios e pode ser estruturado conforme as necessidades da organização”.
Existem alguns fatores que são aceitáveis e até compreendidos pelo gestor devido à falta de experiência do estagiário, no entanto, assim como em empregos temporários, qualquer falha pode ser decisiva no processo de efetivação. Desta forma, é importante que o profissional tenha total atenção nas tarefas que realiza, além de sempre estar disposto a fazer além do que lhe é atribuído.
De acordo com Lilica, existem algumas falhas comuns a estes profissionais, como alguma falta de objetividade, disponibilidade e criatividade. “Posso também citar alguns exemplos de atitudes inadequadas, como chegar atrasado, não respeitar a hierarquia da organização, ser inflexível, abusar do uso da internet, manter conversas paralelas durante o expediente, realizar brincadeiras em momentos inoportunos e não saber trabalhar em equipe ou não respeitar os colegas de trabalho”, define.
E o que muda após a efetivação?
Não são apenas os benefícios e a remuneração que mudam quando o profissional é efetivado, as obrigações e as cobranças também. Apesar da maioria dos estagiários almejar a efetivação, é importante avaliar se estarão preparados para assumir mais tarefas, atendendo as expectativas e necessidades da organização.
“A partir do momento em que se formam e são efetivados, os profissionais passam a responder tecnicamente pelos processos sob sua responsabilidade, portanto adquirem funções específicas, recebem tarefas mais complexas e passam a atuar com autonomia e independência, sendo que a empresa não tolera falta de comprometimento com horários e faltas”, define Raquel Gonzalez, gestão de pessoas do Grupo BIOFAST.
Para Lilica, o estagiário possui algumas regalias na questão de cometer erros e de não investir muito na carreira, pois está cursando a graduação. No entanto, quando se torna efetivo, deve ter determinadas preocupações para que esteja qualificado a competir no mercado de trabalho. “A transição entre um período de aprendizagem e aquele em que será cobrado como profissional é importante e demanda, além de maturidade, muito tato para não cometer erros, tanto de postura como na realização das tarefas. Os iniciantes são vistos como possíveis talentos; mas quando são efetivados, devem tomar cuidado para não se tornarem estrelas inacessíveis”, conclui.
Fonte do texto e das imagens: Aumente as chances de efetivação! | Portal Carreira & Sucesso
fonte da imagem: gettyimages
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