Furos no caixa, falta de capital de giro, preços errados, custos altos, investimentos exagerados e inadimplência. É possível, sim, resolver - e melhor, evitar - as armadilhas que fazem com que 74% dos negócios não sobrevivam, segundo dados do Sebrae. Seis especialistas em finanças e 20 empresários de sucesso apontam soluções para perguntas que vieram de todo o país e também podem valer para você
MEU PROBLEMA > INVESTIMENTO
"Montei uma estrutura para o dobro de alunos que tenho. Como calcular corretamente um investimento?"
Renato Maranhão, 29 anos, Sócio da Academia Benefit, de Recife (PE)
O QUE FAZER PARA DIMENSIONAR OS INVESTIMENTOS
> Analisar o público-alvo e o perfil do consumidor para definir a demanda pelos produtos e serviços.
> Conhecer a concorrência. Avaliar os pontos fortes e fracos, movimento, custos, estrutura e participação de mercado.
> Usar no máximo dois terços dos recursos em infraestrutura e pessoal e guardar o restante para um plano de marketing e formação de capital de giro.
> Calcular o prazo de retorno: se a rentabilidade mensal projetada for menor que 2% em relação ao investimento inicial, é melhor rever o projeto.
AS SOLUÇÕES DE QUEM SABE COMO SUPERAR A DIFICULDADE
SALVATORE MILANESE, 38 ANOS, SÓCIO DA CONSULTORIA KPMG E PRESIDENTE DO COMITÊ DE RECUPERAÇÃO FINANCEIRA DA TURNAROUND MANAGEMENT ASSOCIATION
COMO EVITAR E RESOLVER O PROBLEMA
"Conhecer o mercado é essencial antes de planejar qualquer investimento e isso pode ser feito visitando os concorrentes. Se a demanda está aquém da projetada inicialmente, a empresa pode aumentar sua participação de mercado com ações de marketing. Mas quando a capacidade está superestimada, o empreendedor tem de considerar a possibilidade de enxugar a estrutura."
SILVESTRE RESENDE, 62 ANOS, DONO DA VALMARI DERMOCOSMÉTICOS
"Criamos um conceito de loja em shoppings voltado ao público de alta renda. Os gastos estão sendo bem planejados. Sabemos que exagerar nos investimentos para impressionar o consumidor não garante compras."
CHARLES GHELFOND, 50 ANOS, SÓCIO-FUNDADOR DA REDE DR. GHELFOND
"Em 1999, fizemos uma compra monstruosa de equipamentos importados. De repente, estávamos endividados em dólar e não tivemos retorno suficiente para pagar o investimento. Fizemos novos aportes de capital e seguramos até a compra de clipes. Hoje, antes de investir, fazemos vários estudos, demográficos, de público-alvo e de viabilidade financeira."
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