Por Sonia Jordão
A quantidade de empreendedores no Brasil é muito grande e isso é muito bom. Geralmente estas pessoas começam um negócio quando conhecem muito bem um produto, um segmento de mercado ou um determinado setor de empresas; estão com alguma reserva financeira disponível e querem ser seus próprios patrões; ou têm dificuldades para voltar ao mercado de trabalho. Muitas vezes, esquecem que terão de ser bons líderes para conseguir fazer o negócio crescer e correm o risco de terem uma empresa com um só funcionário: o proprietário.
Ser líder é diferente de ser administrador, gerente ou chefe. Liderar é lidar com pessoas e administrar é lidar com recursos, papéis, processos... Um chefe pode ser nomeado numa hierarquia, independentemente de possuir ou não as qualidades necessárias. Você pode ser um gerente e não conseguir ser o líder da equipe e pode ser o líder da equipe sem ser o chefe.
Um bom líder precisa das seguintes virtudes: competência (conhecimento, habilidades e atitude/ação), ética (integridade e honestidade), entusiasmo, empatia, autoconfiança, sensibilidade, humildade, imparcialidade, saúde, autoconhecimento, motivação e inteligência acima da média. É fundamental, também, que goste de se relacionar com pessoas, saiba ouvir e seja observador.
O empreendedor precisa atentar para o fato de que a presença de um líder é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. O ideal é que, caso não seja um líder nato, procure desenvolver habilidades de liderança. É necessário que o líder seja alguém capaz de tirar um grupo de onde ele está e levá-lo aonde deveria estar. Assim, fará com que a equipe realize voluntariamente o que precisa ser feito, extraindo o melhor de cada colaborador e alcançando resultados positivos.
Alguns pequenos empresários cometem determinados erros na administração de seus negócios, muitos por falta de liderança, entre eles temos:
* Não se conhecem suficientemente para saber as competências que lhes falta para, então, buscar treinamento ou pessoas com tais capacidades.
* Não conhecem o ponto de equilíbrio de seu negócio e gastam mais do que podem.
* Contratam pessoas que não são adequadas às funções. Não é proibido contratar amigo ou parente, mas é proibido contratar gente incompetente para a função.
* Adiam decisões que precisam ser tomadas rapidamente.
* Não investem em seus colaboradores e nem em si mesmos através de treinamentos e cursos.
* Assumem compromissos que não têm capacidade de cumprir.
* Esquecem que o maior patrimônio das empresas é o cliente. Todos os colaboradores na organização precisam “servir” o cliente e não o patrão. Sem clientes o negócio está fadado ao fracasso.
Ser líder é difícil, mas é bom. Para se tornar um bom líder é preciso procurar estar preparado, ser proativo e reflexivo. É importante ainda se auto-avaliar, procurar melhorar continuamente e ter entusiasmo e otimismo.
Um problema muito comum em algumas empresas é que o empreendedor transfere toda a responsabilidade de liderança para o gerente. Quanto mais delega atribuições, mais o líder penetra na essência de sua função: que não é “fazer” e sim “fazer os outros fazerem”. Agora, o empresário não pode ignorar que quando ele delega continua com a responsabilidade pelo êxito ou fracasso do empreendimento. Por isso, ele precisa acompanhar a realização das tarefas e pedir que prestem contas temporariamente dos resultados obtidos. Além disso, deve controlar o uso de todos os recursos, inclusive os recursos humanos. Caso o gerente não tenha sucesso ele será o culpado: ou por ter contratado errado, ou por não ter treinado da maneira correta, ou ainda por não ter controlado suficientemente.
Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.
fonte: portal do marketing
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