por Marília Almeida
Frente a um mercado dinâmico e competitivo, algumas características comportamentais são cada vez mais valorizadas pelas empresas. É o caso do trabalho em grupo, cuja importância se intensificou no atual cenário econômico.
“A empresa não é mais um quadrado. Com o maior acesso à informação e maior sinergia entre as áreas da empresa, o funcionário tem de saber trabalhar com uma equipe multidisciplinar. Por isso, deve ter e preservar uma rede de relacionamentos”, diz Ricardo Tasinato, diretor da consultoria Interathiva.
Além dessa característica, a capacidade de adaptação também conta, mas não basta: deve acontecer de forma rápida, principalmente em casos de fusões de empresas. “A comunicação objetiva com superiores, colegas e colaboradores se torna essencial. É necessário aprender a dar um retorno claro das atividades desempenhadas”, pontua Arlindo Felipe Júnior, diretor executivo do Grupo Soma.
Algumas dessas qualidades poderiam até ser consideradas como defeitos em outras épocas, como separar a vida pessoal e a profissional no ambiente de trabalho. “Já está comprovado que isso é impossível e pode impactar no trabalho desempenhado. É necessário viver perdas e lutos. Os gestores devem estar atentos a isso”, explica Tasinato.
Um mercado de trabalho mais competitivo também exige profissionais que consigam desempenhar tarefas diversas. “Antes, a empresa oferecia dois projetos, e o funcionário dizia que poderia cumprir apenas um. Isso mudou. A cobrança é maior e deve ser compensada por uma qualidade de vida e capacidade de desligar do trabalho nas horas de folga”, completa o consultor.
Felipe Júnior, por outro lado, faz um alerta aos funcionários “robôs”, que, certo ou errado, fazem tudo o que lhes pedem. “Os executivos costumam dizer que demitem dois tipos de funcionários: aquele que faz tudo e aquele que não faz nada”, conclui.
Para ele, reciclagem não deve ser sinônimo de cursos no currículo, mas também boa formação cultural e acompanhamento de novas tendências de um mercado em constante movimento. “Isso vale para todos os níveis hierárquicos. Um porteiro que trabalha em edifícios inteligentes precisa ter conhecimentos atualizados de informática”.
A secretária Sandra Britto, 27 anos, conta que aprendeu a ponderar traços de sua personalidade no trabalho, mas sem falsear sentimentos. “Sou extrovertida, falo o que penso até que soube que incomodava colegas. Recebi as críticas com bom humor. Agora, me controlo mais, mas não anulo minha personalidade”, explica.
Ela percebe que as empresas cada vez mais valorizam o funcionário que toma iniciativa, é curioso, perspicaz, sabe se impor sem ser inconveniente e tem capacidade de aprender e ensinar. “A formação acadêmica faz falta, mas procuro ser clara e franca, além de ter um plano de carreira. Experiências anteriores abrem diversas portas”.
“As empresas buscam profissionais com forte habilidade de gestão, foco em resultado e com intuição acurada, capazes de analisar e encontrar pistas de caminhos do mercado em um cenário ainda nebuloso. Isso envolve capacidade de reflexão e empreendedorismo”, afirma o gerente de operações da Gelre, Toni Camargo.
NO AMBIENTE DE TRABALHO:
-SOBE
• Trabalho em grupo
• Comunicação objetiva
• Foco em resultados
• Intuição
• Empreendedorismo
• Poder de adaptação
• Visão global da empresa
-DESCE
• Padrões e crenças rígidas
• Falta de empatia
• Falsear sentimentos
• Profissional “robô”
• Dispensar tarefas
• Desatualização
• Workaholics
Fonte: Jornal da Tarde
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