Floriano Serra
Agora quero falar de outras guerras, aquelas sem mortos, sem armas, aquelas menores, umas imperceptíveis, outras escandalosas, mas que, ao invés de acontecer em cidades e desertos, acontecem em salas, escritórios e fábricas de trabalho nas empresas. Não causam manchetes, não vendem jornais, não dão ibope e por isso nunca saem na mídia – mas que também ferem e causam destruição do mesmo jeito que as grandes guerras.
Estou me referindo às guerras travadas diariamente no campo corporativo, no nosso cotidiano, no nosso trabalho de todo dia, onde a competitividade cheira a luta e onde departamentos parecem de países diferentes e rivais.
Às vezes são simples confrontos, bate-boca, nariz torcido, queixo empinado e jogo de palavras - outras vezes chegam a virar combates ferozes. Em casos extremos, vira guerra mesmo – com agressões, demissões e processos.
É triste percebermos que muitos profissionais não estão familiarizados com a PAZ. Eis aqui uma triste pergunta: o que o Homem tem feito da sua capacidade de dialogar e negociar com calma, bom senso, afeto e bom humor?
Em algumas empresas essa política de confronto é disseminada pelo próprio gestor, aquele que maquiavelicamente ainda acredita que funciona “dividir para governar”. E então provoca e alimenta na equipe conflitos e pequenas guerras – como se alguma guerra pudesse ser pequena...Neste contexto, quem for mais “macho”, quem for mais peitudo, ousado e provocador ganha a admiração do chefe. Quem não for que tome Lexotan.
Outras vezes a ordem vem de mais alto ainda e se constitui mesmo num valor da organização:
- “Quer trabalhar aqui? Ok, te pago muito bem. Mas a partir de hoje esqueça essas coisas chamadas “família” e “amigos”. O negócio aqui é faturar, é produzir e vender. É “pau na máquina”! Sem frescuras. Daqui pra frente, tua família e teus amigos se chamam “empresa”, certo?
Se você responder “Certo!”, prepare-se para outras guerras, além daquela explicitamente interna: você passará a ter a conjugal, a familiar, a social, a comunitária – e, pior ainda, aquela contra você mesmo, contra seus princípios e valores, se você possuir um mínimo de respeito, solidariedade, justiça e ética pelo próximo.
Outras vezes pode acontecer que o próprio funcionário seja bélico por natureza e temperamento, aquele que o pessoal chama de “difícil” ou “pavio curto”. Este indivíduo declara guerras diárias e não está nem aí se você ficou com enxaqueca ou se foi chorar no banheiro. Aliás, ele nem costuma perceber que magoou alguém.
Enfim, quanto desperdício de PAZ...
Quão pouco espaço para o sorriso, a harmonia, a amizade, o verdadeiro trabalho em equipe...
Agora quero falar de outras guerras, aquelas sem mortos, sem armas, aquelas menores, umas imperceptíveis, outras escandalosas, mas que, ao invés de acontecer em cidades e desertos, acontecem em salas, escritórios e fábricas de trabalho nas empresas. Não causam manchetes, não vendem jornais, não dão ibope e por isso nunca saem na mídia – mas que também ferem e causam destruição do mesmo jeito que as grandes guerras.
Estou me referindo às guerras travadas diariamente no campo corporativo, no nosso cotidiano, no nosso trabalho de todo dia, onde a competitividade cheira a luta e onde departamentos parecem de países diferentes e rivais.
Às vezes são simples confrontos, bate-boca, nariz torcido, queixo empinado e jogo de palavras - outras vezes chegam a virar combates ferozes. Em casos extremos, vira guerra mesmo – com agressões, demissões e processos.
É triste percebermos que muitos profissionais não estão familiarizados com a PAZ. Eis aqui uma triste pergunta: o que o Homem tem feito da sua capacidade de dialogar e negociar com calma, bom senso, afeto e bom humor?
Em algumas empresas essa política de confronto é disseminada pelo próprio gestor, aquele que maquiavelicamente ainda acredita que funciona “dividir para governar”. E então provoca e alimenta na equipe conflitos e pequenas guerras – como se alguma guerra pudesse ser pequena...Neste contexto, quem for mais “macho”, quem for mais peitudo, ousado e provocador ganha a admiração do chefe. Quem não for que tome Lexotan.
Outras vezes a ordem vem de mais alto ainda e se constitui mesmo num valor da organização:
- “Quer trabalhar aqui? Ok, te pago muito bem. Mas a partir de hoje esqueça essas coisas chamadas “família” e “amigos”. O negócio aqui é faturar, é produzir e vender. É “pau na máquina”! Sem frescuras. Daqui pra frente, tua família e teus amigos se chamam “empresa”, certo?
Se você responder “Certo!”, prepare-se para outras guerras, além daquela explicitamente interna: você passará a ter a conjugal, a familiar, a social, a comunitária – e, pior ainda, aquela contra você mesmo, contra seus princípios e valores, se você possuir um mínimo de respeito, solidariedade, justiça e ética pelo próximo.
Outras vezes pode acontecer que o próprio funcionário seja bélico por natureza e temperamento, aquele que o pessoal chama de “difícil” ou “pavio curto”. Este indivíduo declara guerras diárias e não está nem aí se você ficou com enxaqueca ou se foi chorar no banheiro. Aliás, ele nem costuma perceber que magoou alguém.
Enfim, quanto desperdício de PAZ...
Quão pouco espaço para o sorriso, a harmonia, a amizade, o verdadeiro trabalho em equipe...
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