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Oportunidades


Por Raúl Candeloro


Imagine um agricultor que reclama do sol, da lua, da chuva, do tempo, do solo e da semente. Provavelmente não terá uma grande colheita e seus resultados serão bastante pobres. Ao seu lado, seu vizinho tem exatamente as mesmas condições, mas prospera. Porque será?

Imagine agora um profissional que reclama do mercado, do dólar, do seu salário, da empresa, dos colegas, dos clientes. Provavelmente seus resultados serão também bastante pobres. Ao seu lado, um colega tem exatamente as mesmas condições, mas prospera. Porque?

Para o agricultor, o tempo, o solo e a semente são suas ferramentas de desenvolvimento. São elas que lhe dão as condições para se desenvolver e prosperar. Para o profissional, sua empresa, seus produtos e serviços, colegas e clientes são suas ferramentas. Algumas pessoas vêm o que tem disponível como empecilho, enquanto outros como alavanca para o sucesso. Alguns aproveitam, outros reclamam. É basicamente uma diferença de atitude e postura, porque o disponível é exatamente o mesmo.

Acontece que tudo o que temos são exatamente essas ferramentas. Como é que alguém pode querer crescer reclamando justamente das únicas coisas que tem disponíveis? Não vai crescer nunca. Ou se aproveita o que se tem disponível, ou se morre reclamando e sem sucesso. E tudo por uma questão de atitude e postura.

É pelo mesmo motivo que muitos imigrantes chegam ao Brasil e prosperam. Chegam aqui sem nada, encontram maravilhados um país cheio de oportunidades, e mesmo sem falar a língua conseguem prosperar. Enquanto isso, todos nós conhecemos brasileiros que só conseguem enxergar o lado negro, as coisas ruins, a parte negativa do país.

O que precisamos é repensar e reposicionar essa nossa postura. Estamos tão acostumados com a abundância que já não conseguimos mais enxergá-la. Precisamos realmente que venham os gringos nos dizer que o Brasil é o país das oportunidades? Precisamos mesmo que venham nos ensinar a desenvolver mercados, construir empresas, criar marcas?

Não. O que precisamos é entender que estamos rodeados de ferramentas. Em todas as empresas com as quais trabalhamos, sempre pergunto qual a diferença de salário entre os melhores e os piores vendedores (quando são comissionados). A grande maioria das diferenças gira entre 5 e 10 vezes - o melhor vendedor ganha entre 5 e 10 vezes mais do que o pior. Vendendo o mesmo produto/serviço, para clientes semelhantes, com tabela de preços igual. Um vê oportunidades, outro só limitações. Mesmo quando existem territórios diferentes, voltamos ao assunto original: adianta reclamar do terreno, se é essa ferramenta que lhe deram?

E o pior: quem tem os resultados mais fracos não procura saber o que fazem os campeões. Sabe porque? Porque no fundo não lhes interessa. Isso faria com que tivessem que mudar, e a mudança é sempre incômoda. Muitas pessoas não querem mudar, mesmo que seus resultados sejam medíocres. Na verdade, querem apenas mais desculpas para justificar sua mediocridade. Enquanto isso, colegas, agricultores, empresários e imigrantes bem ao seu lado prosperam. Porque será?

Tem um ditado espanhol que diz que não existe pior cego do que aquele que não quer ver. A resposta para o sucesso e a prosperidade está aí, bem na sua frente, mas tem que querer enxergar. Aproveite o que você tem disponível, mesmo que seja pouco ou limitado, e você com certeza vai prosperar muito mais do que alguém do lado com as mesmas oportunidades, mas que não as usa porque está ocupado demais reclamando.

Raúl Candeloro (raul@vendamais.com.br) é palestrante e editor das revistas VendaMais®, Motivação® e Liderança®, além de autor dos livros Venda Mais, Correndo Pro Abraço e Criatividade em Vendas.

Fonte:
http://www.portaldomarketing.com.br

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