Advertisement

Responsive Advertisement

Organizações Inovadoras


Inovação - Comunicação Corporativa

por Antônio Andrade*

A inovação é uma operação cujo objetivo é instalar e utilizar uma determinada mudança. A mudança inovadora é a ruptura do hábito, a obrigação de pensar de forma nova em coisas, muitas vezes, familiares, e processa-se através da seleção, organização e utilização criativa de recursos segundo métodos que permitem alcançar um nível mais alto de realização dos objetivos fixados. 

Organizações inovadoras são organizações que encorajam quem tem idéias, facilitam as comunicações, são descentralizadas e diversificadas, encorajam os contatos com fontes exteriores, empregam tipos heterogêneos de pessoal, lançam mão de um processo objetivo e fundamentado na pesquisa dos fatos e estão dispostas a experimentar as idéias novas por elas mesmas, sem levar em conta o status de quem esteja na origem. Resumindo, uma organização criativa é aquela que vê os seus recursos humanos como a força geradora de criatividade, não colocando obstáculos para estas pessoas desenvolverem seu talento. 

Podemos reunir em três agrupamentos as características da organização inovadora. O primeiro diz respeito às tarefas, às metas da organização, à troca de mensagens, o modo de formulação de decisões. 

O segundo refere-se à situação interna da organização e, o terceiro, aos itens que dizem respeito ao crescimento e à capacidade de transformação. Estes três grupos de características podem ser traduzidos em dez pontos básicos que avaliam a organização no seu contexto inovador. São eles: 

1 - Clareza e aceitação dos objetivos – Todos os membros da organização estão conscientes dos seus objetivos? Aceitam-nos de forma inspiradora à sua realização? Os recursos para sua realização estão disponíveis e são apropriados?

2 - Comunicação satisfatória – A comunicação é desenvolvida sem distorções verticalmente, horizontalmente e com o meio ambiente? Os membros do sistema têm as informações de que necessitam sem esforços inúteis para obtê-las?

3 - Distribuição ajustada do poder – Os subordinados podem exercer uma influência para o alto e se derem conta de que seus superiores podem exercer a mesma influência sobre seus próprios superiores?

4 - Utilização de recursos – O potencial humano e intelectual existentes na organização está sendo empregado corretamente, sem sobrecarga ou subutilização, com correspondência entre as características individuais e as exigentes do sistema?

5 - Coesão – Os membros sentem-se atraídos, desejando permanecer na organização? Estão influenciadas por ela e exercem influência sobre ela?

6 - Moral – O sentimento de bem estar e o clima organizacional são julgados de acordo com os sentimentos ou as reações de individuais?

7 - Capacidade de inovação – A organização e seus ocupantes estão estimulados a inventarem novos processos, a se orientarem para novos objetivos, a se diversificarem e a se tornarem mais diferenciados em vez de se limitarem à observação da rotina e da norma?

8 - Autonomia – Os membros da organização são independentes e estimulados a responder ativamente às exigências do exterior?

9 - Adaptação - A organização mantém contatos realistas e eficazes com seu ambiente? É capaz de produzir mudanças destinadas a corrigir suas falhas ou e rapidamente, adaptar-se ao novo ciclo/exigência do mercado?

10 - Aptidão para resolver problemas – os problemas são resolvidos com um gasto mínimo de energia? A solução é durável? Os mecanismos de resolução de problemas incorporam as soluções como reforço ao aprendizado e ampliação da base de conhecimento? 

Para finalizar, gostaria de convidá-los a pensar em sua organização – se já não o fizeram – e, daí, refletirem sobre as mudanças necessárias para o melhor aproveitamento da sua transformação em uma organização inovadora.


*Antônio Andrade - Administrador de Empresas. Mestre em Ciência da Informação. Consultor Organizacional. Presidente do Conselho Deliberativo do IARJ – Instituto de Administração do Rio de Janeiro.

Postar um comentário

0 Comentários